Persona 5 Strikers
Persona 5 Strikers é uma continuação direta da versão “vanilla”, ou digamos original, de Persona 5. Caso o incauto zeronauta não seja do ramo. Inclusive ignora totalmente os acontecimentos de Persona 5 Royal.
Apesar de ter ao seu favor uma grande mudança na jogabilidade. Ainda é um persona game. Logo uma estória será contada, com muitos diálogos e cutscenes, queria você ou não!
Strikers é um “hack and slash”. Como Dynasty Warriors e outros jogos do gênero. Algo inédito, mesmo com o sucesso de Persona Arena, que trouxe a franquia para os jogos de luta. Essa mudança é radical e não deixa de ser uma surpresa.
O combate fica meio confuso, ocasionalmente. Em especial, com muitos “shadows” ao mesmo tempo! Mas é, ao menos, divertido.
Em síntese, essa mudança é capaz, até mesmo, de tornar a franquia ainda mais japonesa. Como se fosse realmente necessário... Strikers seria mais um “musuo”(google it) ou algo no gênero do que um RPG.
No começo a estória lembra um pouco Persona 3 FES, pois a acompanha a volta para atividade dos “Ladrões de Corações”, um mês após o final do jogo anterior. O pessoal parece estar meio enferrujado, mas não se esqueceu totalmente do que tem que fazer... Quer dizer, apesar de estarem fazendo, agora, de um jeito totalmente diferente.
O início é, por isso mesmo, bem mais lento. Levando um bom tempo em tutoriais maçantes... Falando nisso, caros desenvolvedores: parem de colocar tutoriais durante uma luta! Numa luta para valer, ninguém vai prestar atenção em pop-ups ou o que seja. Eles só atrapalham. Especialmente se a sua derrota significa o reinício do jogo!
A história de Strikers é também bem mais curta que a de Persona 5. E isso não é exatamente uma surpresa. Não há “social links” no jogo. Você não tem muito o que fazer, além de ir para o próximo dungeon... Dia após dia.
A estória é a seguinte: Tókio tem um novo surto de “shadows” e os “Ladrões de Corações” precisam voltar a entrar em ação. Diga-se de passagem, aparentemente, Shadows são como covid. Você pensa que acabou com essa praga, mas eles sempre voltam. O problema deve ser que não existe vacina para combater shadows... E se existisse os “Ladrões de Corações” teriam que lutar contra os “antivax” também. Quem sabe um DLC Atlus?
Apesar de não fazer nenhuma referência aos personagens de Persona 5 Royal, Strikers tem uma personagem nova: Sophie uma AI. Sim, uma inteligência artificial. Como uma Siri da Apple? Ou seria uma nova espécie de Aigis? No final das contas parece ser, quando muito, outra dessas “japonices” típicas de JRPGs. Mas ao menos funciona ao seu contento.
O jogo começa relativamente fácil. Mas à medida que você avança no game as coisas vão começar a ficar mais complicadas. E aqueles tutoriais que você achou “maçantes” e não quis prestar atenção no início do jogo. Vão começar a fazer falta...
A inclusão de “checkpoints” nos dungeons também é uma novidade muito bem vinda. E deveria ser incluída, de agora em diante, em todos os jogos da franquia. SMT em especial!
Enfim, Persona 5 Strikers é de longe o melhor “spin-off” de Persona 5, até agora. Ênfase no até agora! Não pense que Atlus vai cessar de explorar o sucesso tardio da franquia... Detalhe: Atlus não desenvolveu esse jogo. Publicou. O desenvolvimento ficou a cargo da Koei Tecmo. O que explica muita coisa... Notem que já começou a terceirização. Sucesso é isso aí....
Prós: Mais Persona.
Contra: Talvez esse jogo devesse ter sido lançado antes de Royal...
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