Persona 5

Persona 5 foi lançado em 2016 no Japão, e em 2017 no resto do mundo. E só agora, em 2020, a ZeroZen resolve resenhar o jogo. Levamos menos tempo para resenhá-lo do que a Atlus para fazê-lo... O que, obviamente, significa menos que nada...

Quando o jogo Catherine foi lançado em 2011 para o PS3, foi especulado que Persona 5 estava a caminho. Bem, estava pelo visto bem longe. Pois levou quase quatro anos para ser finalizado!

Inclusive a produtora do jogo, Atlus, durante a E3 de 2014 lançou um infame “teaser”, que consistia apenas de quatro cadeiras com correntes, que ficou conhecido pelos fãs como “ball and chairs”; porém ainda levaria mais dois anos para o lançamento oficial.

Mas enfim essa espera chegou ao seu final. Persona 5 é sem duvidas um bom jogo, porém. E este é um grande porém! Se você esperou desde 2008 por um novo jogo da série, passou pela animação, o filme e as versões para o PSP e para o Vita de Persona 3 e 4 respectivamente. Talvez vá ficar decepcionado com o resultado final. E Persona 5 talvez não seja, exatamente, o game que você estava esperando.

Mas, primeiro: você tem problemas. Segundo: esse jogo claramente busca chegar noutro patamar. E deixar o “JRPG hell” e alcançar um público maior. E de preferência com mais dinheiro. Vide os problemas financeiros da produtora Atlus, que esteve, supostamente, à beira da falência nesse meio tempo.

Você pode dizer que Persona 5 é, essencialmente, um RPG japonês. Se o incauto zeronauta achar que isso é suficiente para defini-lo se prepare para uma surpresa. Pois a coisa toda envolve o dia a dia estudantil, relacionamentos e outros “meandros”. Diga-se de passagem, muitas das suas amizades são definidas por interesses, como a “Persona” daquela pessoa!

Agora vamos tentar explicar o que são Personas. Em geral, no jogo, são formadas por um conjunto de deuses ou figuras mitológicas, ênfase em mitológicas. E que são invocadas e incorporadas por aqueles que são capazes de controlá-las.

Para terem uma idéia até o chupa-cabras é uma “persona” no jogo! Falando nisso o Brasil devia ter suas personas! Sony ou Atlus. Quem sabe um DLC? Temos inúmeros seres mitológicos em nossa cultura. Ficam aqui nossas sugestões: Saci Pererê, Mula sem cabeça, Boitatá e o Tiririca.

O conceito de Personas, vagamente, possui alguma ligação com o do psicólogo russo Carl Gustav Jung , que na verdade também estabeleceu o conceito de sombras “shadows”, usado em Persona 3 e 4. A ZeroZen também é cultura!

Diga-se de passagem, o lance do “Joker” também já foi usado antes, em, pasmem, Persona 2 - Innocent Sin. Nem tudo mudou... Muito. Mas a estória dos “Fantasmas Ladrões de Corações (copas)” é nova. E obviamente não faz muito sentido...

Esse é um jogo longo ponto. Mas bota longo nisso! Mimimi-lênios esse não é um jogo que vocês vão acabar num fim de semana. Numa semana se vocês não fizerem nada além de jogar o game, talvez.... Mas nem pense que você vai conseguir platinar esse jogo em menos de um mês!

O jogo tem um gato chamado “Morgana”, o que levanta mais perguntas do que respostas. Ele ou ela é essencialmente uma reprise do personagem “bear” do Persona 4. Mas não faça perguntas... E sim, tinha um gato em Shin Megami Tensei - Devil Summoner também.

Diga-se de passagem, Atlus voltou à ativa a todo vapor. Logo espere uma animação, uma expansão, já lançada (Persona 5: Royal), e muitos DLCs. Tudo caça níqueis... Como: adivinha! Mais personas, dos jogos anteriores!

Enfim, Persona 5 é realmente um bom jogo. Talvez requeira um pouco de conhecimento das esquisitices japonesas. Mas se você conhece a série obviamente já tem algum...

Saulo Gomes

P.S.: Persona 5, aparentemente, não faz mais parte da franquia Shin Megami Tensei. Da qual passou a fazer parte a partir do terceiro game. O que talvez signifique alguma coisa. Sinceramente não temos a menor idéia.

Prós - É um longo jogo, perfeito se você não tiver mais nada para fazer.
Contras - É definitivamente um jogo japonês, logo espere algumas esquisitices...