Anos 80
A Década Perdida
O filme da Década: Caçadores da Arca Perdida
Claro, essa foi fácil. O filme dos anos 80 só podia ser esse. Uma sessão da tarde simplesmente perfeita. Ação desenfreada, seqüências e diálogos divertidos somados a um roteiro esperto só podiam dar nisso.
Spielberg que na epóca ainda tinha algum interesse em dirigir filmes, mostra a que vem. Os Caçadores da Arca Perdida busca inspiração nos antigos seriados apresentados nas matinês antes do filme principal. Daí vem o ritmo vertiginoso e as cenas que colocam o arqueólogo Henry Jones Jr. (o nome Indiana era devido a um cachorro, mas isso já é outra história...) interpretado pelo bom e velho Harrison Ford em uma enrascada atrás da outra.
A heroína do filme Karen "Bebo Todas" Allen era uma atriz interessante que acabou meio que esquecida por Hollywood. Seu outro filme de sucesso foi Starman - Um Homem das Estrelas (1984) de certa forma uma obra atípica na extensa filmografia de John Carpenter.
A idéia do filme continua interessante mesmo muito tempo depois. A luta de Indiana Jones para recuperar dos nazistas a posse do que resta da Arca da Aliança - uma inestimável relíquia de um poder extraordinário - tem referências bíblicas. Caçadores já começa com uma seqüência de um roubo de um ídolo na selva que é uma espécie de prefácio do que vem pela frente.
Dirigido com mão de ferro por Spielberg, o filme ainda tem inúmeras outras cenas antológicas. Vale lembrar também o momento mágico onde Indiana fuzila um abobado que fica fazendo firulas com espadas. Contudo, apesar de ser um grande sucesso de bilheteria Os Caçadores da Arca Perdida não foi lembrado na hora do Oscar.
As aventuras de Indiana Jones acabaram recebendo os Oscar de Montagem, Efeitos Visuais, Edição de Efeitos Sonoros e Direção de Arte. Quer dizer, apenas prêmios secundários.
O que era para ser um único filme acabou se tornando uma trilogia. Os Caçadores da Arca Perdida teve duas continuações legais: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989). Ambas foram dirigidas por Steven Spielberg. O curioso é que o personagem interpretado por Harrison Ford se tornou tão conhecido que acabou dando o nome as duas seqüências. O que só prova a empatia do personagem.
Na década seguinte - os inclassificáveis anos 90 - o cinema caiu vertiginosamente de qualidade. Qualquer mané que consegue fazer um filme bom (vide Quentin Tarantino) já é aclamado como gênio. Na década de 80 precisava de, no mínimo, três filmes. Bons tempos aqueles...
Da Equipe de Articulistas
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