Anos 80
A Década Perdida
Desenhos animados
Os anos 80 marcaram o início da carreira de um mito infantil: Xuxa estreou seu programa na quase extinta Rede Machete, tomando conta das tardes da gurizada. A Globo tinha a Turma do balão Mágico de Manhã, com o impagável Fofão, que depois foi ter seu próprio programa na Band. Mas isso não é importante. O importante é que este programas eram recheados com o mais puro lixo cultural, os desenhos animados. Tá, tá certo, a maioria dos desenhos que rolavam tinha sido produzidos antes do inicio da década, alguns até BEM antes. Mas não dá para discutir que a década perdida (pra quem mesmo?) produziu alguns desenhos animados geniais.
Lembra da moda do He-Man, O Príncipe Adam (diga-se de passagem: ele foi primeiro canastrão dos desenhos animados) que puxava uma espada, gritava "Eu tenho a força" e se transformava num poderoso guerreiro moreno(?!). Tudo isso antes de inventarem o bronzeamento por raios ultravioleta. E do Pacato, o tigre covarde que o acompanhava, que se transformava numa fera que enfrentava qualquer parada? Ou daquela coisa esquisita, protótipo de feiticeiro, chamada Gorpo? Esse desenho gerou uma cópia feminina, a She-Ra, que tinha a vantagem de ser boa (qualé, na adolescência até desenho animado vira musa).
Tinha também os Ghostbusters, baseado no filme homônimo, uma turma que viva caçando fantasmas e destruíndo Nova Iorque. O personagem mais legal desse desenho não era um dos "heróis", mas um fantasma verde e gosmento, o Geléia. Outro clássico foram os Thundercats, que combatiam uma múmia metida a sebo chamada Mun-Ra. Lion, o líder dos Thundercats, tinha o Olho de Thundera, uma espada com poderes mágicos, que lhe dava a famosa visão alcance. Além de um mascote com uma voz horrível chamado Snarf.
A Manchete apresentava (de vez em quando) O Pirata do Espaço, uma turma que tinha uma nave e combatia os robôs-bomba do Império Gaillar. Conforme fosse o desafio, a nave deles se transformava num robô de luta, com pernas, braços e tudo que tem direito. Claro, você já deve ter adivinhado que o desenho era japonês.
Lá - lá - lá - rá- lá- lá/ Sing a happy song. Sim meus amigos assim começava o impoluto desenhos dos smurfs, aquelas pequenas criaturinhas azuis que inferinizavam a vida do pobre feiticeiro Gargamel. Apesar de serem um tanto quanto xaropes demais não se pode negar que fizeram um grande sucesso. Detalhe: a smurfette até que dava um caldo.
Mas o mais clássico de todos era a Caverna do Dragão, uma turma que combatia um feiticeiro do mal (óbvio). O mais legal era que o desenho era recheado de magia, truques, trapaças e coisa do gênero, até porque sem isso não ia virar um clássico. A sacanagem é que a Globo vivia anunciando que ia apresentar o episódio final da saga, quando a gente esperava que o mal fosse derrotado, e nunca apresentou. Também, o que esperar de uma emissora que escreve show com "X"?
Pra terminar, uma curiosidade: sabem quem apresentava, junto com um bando de adolescentes pentelhos que não paravam de falar nunca, um programa infantil nas tardes da Bandeirantes? Dica: hoje ela é apresentadora da Globo. SANDRA ANNENMBERG. Sim, ela mesma. O mais belo rosto do jornalismo da Globo começou nas tardes da Band. Agora, pensando bem, que desenho que nada! O que valia a pena mesmo eram as apresentadoras!!!
Da equipe de articulistas
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