Quem está roubando os nossos craques?
Um lugar de fraudes, corrupção, negociatas, muita agressividade, contato físico e palavras de baixo calão. Embora, o arguto possa acreditar que se trate de uma sessão do Congresso Nacional a verdade é que o ZZ-files deste mês vai tratar de futebol. Sim, muito antes de existir um Roiberto Jeferson já havia um Eurico Miranda. Por isso, enquanto os olhos e ouvidos da tacanha mídia nacional estão voltados para a cobertura das CPIs em Brasília, mais um escândalo pode passar impune.
O fato é que cada vez mais a Europa vem roubar nossos craques. O último a deixar o país foi Robinho, ídolo da torcida santista. Ele foi contratado pelo poderoso Real Madrid. A saída do jogador do Santos foi traumática com direito a acusações de ambos os lados. Porém, um detalhe chamou a atenção. Robinho alegou que não tinha mais condições de permanecer no Brasil devido à insegurança.
No caso, o craque fez uma referência ao seqüestro de sua mãe. Marina Souza, de 43 anos,foi capturada por volta das 21h do dia 6 de novembro de 2004 em sua casa em Praia Grande, litoral de São Paulo. A agonia da mãe de Robinho só terminou em 17 de dezembro de 2004. Ou seja, ela passou 41 dias nas mãos dos criminosos.
O seqüestro terminou com o pagamento do resgate. Curiosamente, os bandidos que levaram Marina não usavam máscaras ou capuzes. Foram dois homens armados que invadiram a residência, renderam os convidados, perguntaram quem era a mãe do jogador do Santos e a levaram. Tudo não passaria de mais um retrato da violência urbana no Brasil, se não fosse por uma incrível série de coincidências.
Em 23 de fevereiro de 2005, a dona-de-casa Ilma de Castro Libânio, 51, mãe do jogador Grafite, do São Paulo, foi seqüestrada. A polícia localizou o cativeiro no dia seguinte, no município de Artur Nogueira (151 km de São Paulo). Rogério, ex-Corinthians e atualmente no Sporting, de Portugal, viveu o mesmo drama. Inês Fidelis Régis ficou em poder dos criminosos durante quatro dias. A vítima foi rendida em sua casa, na cidade de Campinas, e permaneceu em Caraguatatuba, no litoral Norte de São Paulo.
No dia 11 de março de 2005, a mãe do atacante Luis Fabiano, da seleção brasileira, foi seqüestrada no bairro Ponto Preta em Campinas. Ela só foi libertada no dia 12 de maio. Portanto, basta um pouco de raciocínio lógico para perceber que há um plano organizado para capturar as mães dos melhores jogadores brasileiros. A pergunta que não quer calar é por que?
A resposta é absurdamente simples. Os clubes europeus estão por trás do seqüestros. O motivo é forçar os jogadores brasileiros a se transferirem para o velho continente. Claro que o zeronauta mais ingênuo pode alegar que o dinheiro por si só já é um bom motivo. Porém, os clubes ardilosamente usam o próprio dinheiro obtido no seqüestro para pagar o jogador. É o plano perfeito.
Se o Brasil não tomar alguma providência, os seqüestros de mães de jogadores famosos vão continuar. Infelizmente, cada vez mais os craques brasileiros irão para a Europa em busca de segurança. E o que é pior, sequer vão discutir salário. O único consolo será assistir a partidas dos campeonatos europeus pela televisão...
A verdade está lá fora treinando cobrança de pênaltis.
Considerações Finais
1- O jogador Luís Fabiano estava no Porto, de Portugal, quando sua mãe foi seqüestrada. Porém, atravessava uma má fase. Mesmo assim, foi sondado por São Paulo, Corinthians e Atlético-MG. Possivelmente, o crime desta vez serviu para que o jogador desistisse de voltar para o Brasil.
2- Se a conspiração não é verdade, por que ninguém seqüestra a mãe de um perna-de-pau? Por que são sempre os craques os alvos dos crimes?
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.