A morte de Yasser Arafat
A ZeroZen - sempre preocupada com o futuro da humanidade - mandou o seu informante Zé da Silva passar um tempo no Oriente Médio para descobrir por que a paz na região está mais atrasada do que tartaruga em desfile de lebre. Como a passagem era só de ida, a gente ficaria um bom tempo livre daquela mala. O nosso colega, porém, chegou a região justamente em novembro de 2004.
Como se sabe, em 11 de novembro de 2004, depois de duas semanas internado em um hospital de Paris, Yasser Arafat morreu aos 75 anos, em decorrência da falência múltipla dos órgãos. A comoção na Palestina foi imensa. AInda mais por que o velho líder palestino estava internado há 14 dias no hospital militar Percy, perto de Paris, sofrendo de uma doença não diagnosticada pelos médicos.
Obviamente havia algo de muito suspeito na morte de Arafat. Um sujeito com uma quantidade tão grande de inimigos (EUA, Israel, CIA, FBI e por aí vai) não poderia ter uma morte natural. O Zé da Silva resolveu investigar o caso porconta própria para ver se descolava o dinheiro da passagem de volta e conseguiu a resposta para o enigma que atordoou a obnubilada e tacanha mídia mundial.
Quem matou Yasser Arafat? A resposta é absurdamente simples. Com tantos inimigos, ninguém se deu ao trabalho de investigar o suspeito mais óbvio: Suha Tawil, a viúva do ex-líder palestino. Antes que o zeronauta decida mandar um homem-bomba entregar alguma carta na redação da revista, é preciso analisar os fatos com calma.
De acordo com o jornal israelense Maariv houve uma reunião tensa realizada em Paris, quando Yasser Arafat estava internado, entre lideranças palestinas e a viúva do presidente da Autoridade Nacional Palestina. O motivo? A viúva declarou que não aceitava dividir a fortuna que Arafat teria guardada no exterior. A revista americana Forbes garantiu que o patrimônio de Arafat seria superior a US$ 300 milhões.
Mais ainda, o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que mais de US$ 1 bilhão em ajuda externa por ano é destinado à Autoridade Palestina desde 2000. Jaweed Al-Ghussein, um ex-ministro das Finanças da OLP, declarou que, durante os anos 80, os países árabes doaram cerca de US$ 200 milhões por ano ao Fundo Nacional Palestino, do qual Arafat recebia um cheque de US$ 10 milhões todo mês.
Para piorar as coisas, houve a suspeita de que o dinheiro das doações estivesse sendo desviado. Investigações conduzidas pelo FMI e pela União Européia forçaram os palestinos a abrirem suas contas. O ministro das Finanças, Salam Fayyad, foi nomeado para investigar o caso e iniciou uma auditoria do fluxo de caixa palestina. Ele concluiu que US$ 900 milhões estão sumidos.
Bem, com esses dados tudo fica claro. Arafat foi assassinado pela própria mulher. O motivo do crime é o mais banal de todos: dinheiro. Quem não gostaria de meter a mão em US$ 900 milhões? Afinal, o controle do dinheiro das doações era feito pelo próprio Arafat. Logo, Suha só tinha de esperar a oportunidade certa para executar seu plano.
Talvez ela tenha esperado todo esse tempo para matar Arafat porque precisava das senhas das contas. Ou, quem sabe, apenas aguardou que o marido juntasse um valor suficiente para garantir a tranqüilidade de sua família por gerações. Como Yasser Arafat era mesmo um sujeito marcado para morrer, ela tem tudo para escapar impune. É cedo para afirmar se agora finalmente haverá paz no Oriente Médio. Porém, uma coisa é certa. È melhor o próximo líder palestino casar com separação total de bens...
A verdade está lá fora tirando um extrato bancário
Considerações Finais
1- Na reunião realizada em Paris o novo líder da Autoridade Palestina, Abu Mazen, declarou a Suha Tawil que os palestinos não darão a ela "paz e tranqüilidade" se ela não aceitar dividir a fortuna que Arafat teria guardada no exterior
2- De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, Suha Tawil deve receber a quantia inicial de US$ 20 milhões e uma pensão mensal de US$ 35 mil.
3- Suha já tinha sido investigada sobre um suposto caso de lavagem de dinheiro. Uma série de depósitos feitos entre julho de 2002 e julho de 2003 em contas de bancos parisienses que pertencem à viúva totalizavam 11,5 milhões de euros.
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.