O enterro de anão
Como o paranóico Zeronauta já sabe toda a lenda urbana tem um fundo de verdade. Um desses mistérios é justamente o enterro de anão. Como se sabe ninguém nunca viu um. Porém, pessoas verticalmente prejudicadas existem e, se elas são mortais, algum dia devem passar desta para melhor. O ZZ-files deste mês resolveu investigar a questão e acabou por descobrir a apavorante resposta que se esconde neste enigma.
Tudo começa na morte de Hervé Villechaize. Antes que o obtuso leitor pergunte: quem? quando? como? a ZeroZen, a revista preferida do Nelson Ned, responde. O Sr Hervé era na verdade o Tatoo da Ilha da Fantasia. Sim, ele mesmo o companheiro de aventuras do Ricardo Montalban no seriado. Claro que se você sequer se lembra do seriado, então ainda não está preparado para conhecer os meandros do mundo da conspiração.
De qualquer maneira, a história de Hervé é trágica. Depois do fim do seriado A Ilha da Fantasia, ele ficou sem emprego. Porém, tinha dinheiro suficiente para viver por muito tempo. Então como faz todo o ator decadente de Hollywood resolveu entrar em uma espiral de sexo, drogas e rock'n'roll. O Tatoo se atirou de cabeça em todo tipo de orgia. Rapidamente descobriu (ainda mais no seu caso) que tamanho não é documento, o que importa é o saldo do cartão de crédito.
Então ele acabou falido, endividado. Sem alternativas, abandonado por todos, resolveu se suicidar. Todavia, decidiu fazer isso em grande estilo. Primeiro pegou uma câmera para filmar a cena. Depois arranjou uma espingarda calibre 12. Apontou para a própria cabeça e disparou. Ficou evidente para toda a mídia e para o resto da humanidade, que os anões morrem.
O problema começa logo a seguir. E o enterro de Hervé? Muito se fala de sua tenebrosa morte. Mas e o que aconteceu depois? Bem, após de meses de investigações, o ZZ-files chegou a uma conclusão surpreendente. Primeiro, é preciso levar em conta que a lenda urbana está certa. Ninguém ainda viu um enterro de anão. Ora, se isso é verdade, por que Hervé fez questão de filmar a própria morte? A resposta é tão simples quanto desconcertante.
O Tatoo da Ilha da Fantasia não morreu. Ele simplesmente fingiu a sua morte. Fez tudo para que as pessoas fossem obrigadas a concluir o óbvio. Se os anões morrem, então são enterrados. Porém, e se tudo não passasse de uma bem tramada farsa? Seu segredo continuaria intacto. Especulamos, inclusive, se outros pesquisadores também não estavam próximos de descobrir a verdade. Por isso, Hervé criou um ardil para evitar maiores questionamentos.
Bem, então por que os anões não são enterrados? Simples. Por que eles não são humanos. Sim, eles na verdade são seres extraterrestres de um planeta onde a gravidade seja bem maior do que a Terra. Isto impediria o seu crescimento. Por isso, é que ainda eles não conquistaram o nosso planeta. Eles tem a tecnologia e a inteligência, mas falta ainda crescer alguns centímetros.
Assim, eles se misturaram à população e aguardam o momento certo de agir. Claro que, de tempos em tempos, novos oficiais são enviados à Terra. Assim, os anões precisam desaparecer para dar lugar a seus colegas. Por isso, se acredita que os anões morrem. Porém, mesmo com esse disfarce perfeito as pessoas começaram a desconfiar. Isto explica o surgimento da lenda urbana.
Evidentemente, a situação deve ter se tornado perigosa. Então, o líder da invasão deve ter pedido para Hervé Villechaize (seria esse o seu nome verdadeiro?) criar uma distração para desviar a atenção da humanidade. Com a sua trágica morte, a população podia respirar aliviada: os anões são mesmo enterrados. Em algum planeta distante, um sujeito com 1 metro e meio de altura gargalhou malignamente...
A verdade está lá fora procurando o DVD da Ilha da Fantasia.
Considerações Finais:
1- Hervé Villechaize era ator. Sabia interpretar e conhecia os truques de efeitos especiais. Forjar a própria morte seria fácil demais.
2- Muitas das pessoas abduzidas declaram ter visto seres espaciais pequenos e de cabeça grande. Isto não lermbra exatamente a descrição de um anão?
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.