O Fim dos Homens
De tempos em tempos, o informante do ZZ Files, o Zé da Silva, aparece com informações bombásticas. Desta vez, ele chegou mais apavorado do que costume. Sentou na mesa do bar e com os olhos esbugalhados de medo e pavor gritou: “Nós vamos todos morrer”. Levou, é claro uma sonoro “cala a boca, mané” dos presentes. Claro que uma obviedade dessas não seria capaz de abrir um novo ZZ-files. Portanto, tentamos interrogar o Zé. Infelizmente, depois de algumas cervejas ele começou a chorar e a dizer frases desconexas como: “Seremos extintos”, “o fim está próximo”, me passa as batatas-fritas”.
No meio do interrogatório, o Zé disse que ia comprar cigarros. Antes que alguém pudesse se lembrar que o nosso informante não fuma, ele desapareceu por completo. Deixou, de presente, um relatório e uma conta enorme em cima da mesa. Ao abrirmos a pasta nos defrontamos com uma das maiores e mais assustadoras conspirações de todos os tempos.
Tudo começou nos anos 1960, quando da publicação da obra feminista “A Mística Feminina”, da americana Betty Friedman. Este livro busca explicar “o mal que não tem nome”, a angústia do eterno feminino, da mulher sedutora, frágil e submissa. A insatisfação com seu cotidiano se alastra e as mulheres, agora com mais educação, vão à luta. Mulheres americanas, francesas, inglesas, italianas ganham as ruas: “O Privado é Público”, “Nosso Corpo nos Pertence”, foram algumas idéias difundidas pelo movimento.
Todavia, é a luta pela descriminalização do aborto e a denúncia da violência no lar que mobilizarão milhares e milhares de mulheres no mundo inteiro ao longo destes anos. A revolta das mulheres chega mesmo a repercutir nos organismos internacionais, levando as Nações Unidas (ONU) a instituir o ano de 1975 como o Ano Internacional da Mulher.
Porém, paulatinamente, a situação foi se acomodando de novo. Os homens passaram a abrir mais espaços, a respeitar os desejos do sexo feminino chegando, inclusive, a se preocupar com o orgasmo de sua companheira. Para provar que os tempos realmente mudaram, os machos da espécie passaram a levar a sério até mesmo as revistas para mulheres. O problema é que a guerra dos sexos prevista por Friedman estava arrefecendo. Seu objetivo de eliminar os homens tinha fracassado. Porém, a situação do sexo masculino estaria longe de ser tranqüila. Era preciso agir de forma ladina, à socapa, se a idéia era eliminar todos os fabricantes de esperma do planeta.
E o truque para a morte dos homens foi malignamente simples. A guerra química. Se o impoluto Zeronauta for homem neste momento cabe um aviso. As informações seguintes vão acabar com a sua vida. Provavelmente o deixarão paranóico, frustado, e em pânico. Portanto, prossiga por sua própria conta e risco. Se a Zeronauta for mulher pode passar para a próxima seção da revista. Afinal, você já deve estar sabendo de tudo, não é?
A grande arma na guerra entre os homens e as mulheres é o anticoncepcional. Sim, a pílula provocou uma revolução, mas não foi exatamente a que os homens pensaram. De acordo com Theo Colborn, no livro Futuro Roubado, existe atualmente um uso indiscriminado de hormônios masculinos e femininos (testosterona, estrógeno, dietilestilbestrol DES) em seres humanos e animais, inclusive por indicação médica.
O livro relata também estudos e pesquisas científicas realizadas em distintas regiões e instituições, que apontam alguns agentes químicos como responsáveis por problemas de câncer, reprodutivos, comportamentais e de sexualidade em humanos. O aspecto mais inquietante é o resultado de estudos abrangendo os EUA, Europa, Índia, Nigéria, Hong Kong, Tailândia, Brasil, Líbia e Peru, onde se constata que o número de espermatozóides férteis em humanos caiu quase 50 % entre 1938 e 1990. Estima-se atualmente em 25 %, o fator de redução do número de espermatozóides férteis entre uma geração e outra.
O mais impressionante porém é que, segundo Theo Colborn, há um hormônio feminino no anticoncepcional que não é destruído por nenhum tratamento químico. Ou seja, a pílula é eliminada pela urina da mulher. Segue para a natureza, se espalha em rios e depois retorna. E nenhum, repito, nenhum tratamento químico é capaz de eliminá-lo. Assim, ao beber água da torneira o que você está engolindo é, na verdade, hormônio feminino. Logo, você acaba produzindo mais mulheres do que homens. Por isso, é hoje nascem mais bebês do sexo feminino!!
Para que se tenha uma idéia, o número de bebês homens vem declinando nos Estados Unidos desde 1990!! Sim, os homens já eram. Existem outros hormônios espalhados em materiais absolutamente inocentes como o plástico. Todos eles servem apenas para aumentar a produção de mulheres.
O fato é que dentro em breve os homens serão a minoria total da população. E com o desenvolvimento dos bancos de esperma e da inseminação artificial, eles se tornarão obsoletos. Nestes caso, a natureza costuma ser implacável. Vai exterminar sem piedade uma espécie que não tem mais razão de existir. Aos poucos que sobrarem só restará viver de lembranças do tempo em que o homem era homem e as mulheres tinham de ter senso de humor.
A verdade está lá fora no tanque lavando as roupas da patroa
Considerações Finais
Se você ainda tem a idéia de que o homem é o sexo forte saiba que:
1 – Os homens têm mais tendência a sofrer de doenças catastróficas como doenças cardíacas, doenças do fígado, úlceras e enfartes.
2 – O cérebro do homem costuma “envelhecer” mais rápido do que o da mulher.
3 – As mulheres vivem, em média, mais do que os homens.
4 – Os homens têm três vezes mais possibilidade de morrer em um acidente do que as mulheres.
5 – Os principais sistemas do organismo do homem, as funções circulatórias, respiratórias, digestivas e excretoras apresentam problemas muito antes das mulheres.
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.