Planeta Atlântida - O Festival Maldito
De tempos em tempos o ZZ-files segue as pistas lançadas pelo nosso informante anônimo Zé da Silva. Fomos alertados por ele para uma série de coincidências macabras capazes de acabar com o que resta dos cabelos do Padre Quevedo. O Planeta Atlântida um festival de rock realizado na praia de Atlântida no Rio Grande do Sul, ora vejam só, é um evento maligno. Mais cedo ou mais tarde as bandas ou artistas que se envolvem com o evento morrem em circunstâncias trágicas.
Sempre foi de domínio público que o rock brasileiro era uma tragédia. Mas agora, caro Zeronauta, a tragédia chega ao rock nacional. Nós temos provas indiscutíveis de que há algo de muito estranho acontecendo no Planeta Atlântida. O que deveria ser o maior festival de rock do sul do Brasil é um evento amaldiçoado e tétrico. Basta acompanhar os inúmeros fatos que sustentam nossa teoria.
Ano era 1996 e uma banda despontava para o sucesso. Suas músicas eram tocadas nas rádios de todo o Brasil de maneira incessante. Seu nome? Mamonas Assassinas. Pois a banda do vocalista pica-Dinho se apresentou no planeta Atlântida e logo depois sofreu um tenebroso acidente de avião que fulminou com a carreira do grupo.
Dois anos depois foi a vez do grande síndico da MPB, Tim Maia, vir até o RS participar do festival. O velho Tim que apesar de todos os excessos, dos litros de uísque, dos quilos de cocaína, dos remedinhos não autorizados, dos ácidos, sempre esteve muito bem de saúde. Entretanto bastou se apresentar no Planeta Atlântida que alguns meses depois ele ter um ataque súbito no coração e acabou falecendo. O show de Tim no Planeta Atlantida foi sua última aparição em público!
No Planeta Atlântida do ano seguinte, 1999, foi feita uma homenagem a Tim Maia, com o objetivo de distrair a platéia do que realmente estava acontecendo: uma matança desenfreada de artistas. Enquanto milhares olhavam embasbacados para um telão um bruxo argentino fazia um ritual de exorcismo atrás do palco.
O tempo passou e parecia que a maldição do Planeta Atlântida estava derrotada. Contudo um acidente até hoje muito mal-explicado acabou com a vida de Cau Hafner, baterista da banda Cidadão Quem. Não é preciso dizer que o grupo tinha se apresentado no ano anterior no Planeta Atlântida. Hafner era um paraquedista experiente mas acabou tendo problemas com o seu equipamento e despencou para a morte. Sinistro, muito sinistro.
Portanto, fica um aviso: todos os artistas que participaram do Planeta Atlântida correm risco de vida. Tão certo quanto 2 e 2 são 5, alguma das celebridades deste ano vai morrer. Especulamos, inclusive, se o terreno onde são realizados os shows não fica em cima de um território indígena. É melhor chamar o Padre Marcelo Rossi para benzer o lugar antes que seja tarde ou procurar outra praia para fazer o festival.
A verdade está lá fora recolhendo a roupa do varal.
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.