O futuro é vinil
Quem tem tanta experiência em deslindar conspirações como a ZeroZen (afinal de contas são mais de 20 anos de prática) sabe que não existem coincidências. Às vezes fatos aparentemente desconexos podem ser a resposta para questões complexas. Às vezes uma conspiração pode ser a forma mais rápida de salvar o Planeta
Não é surpresa para ninguém que o mundo vive à sombra de outra crise mundial de abastecimento de petróleo. Tanto que vários governos em diferentes partes do mundo exploram o uso de combustíveis alternativos. Porém, isso seria apenas um dia comum no noticiário. Só que o ZZ-files mais uma vez resolveu seguir as pistas ignoradas pela tacanha mídia mundial e decidiu investigar a crise petrolífera de 1973!
Sim, já houve uma crise antes. Spoiler: ela foi devastadora. Em outubro de 1973 quando os membros da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP) proclamaram um embargo petrolífero. O que significa isso? Bem, as nações que eram vistas como apoiadoras de Israel durante a Guerra do Yom Kippur não receberiam mais petróleo. As nações alvo do embargo foram inicialmente o Canadá, o Japão, a Holanda, o Reino Unido e os Estados Unidos, com o embargo também mais tarde se expandindo a Portugal, a Rodésia e a África do Sul.
Até o fim do embargo, em março de 1974, o preço do petróleo subiu de US$ 3 por barril para cerca de US$ 12 no mundo inteiro. Outro detalhe importante: os preços nos EUA foram ainda mais altos. O embargo causou uma crise, ou "choque" de petróleo, com muitos efeitos, de curto ou longo prazo, na política e economia global. Mais tarde, foi chamado de o "primeiro choque do petróleo".
A partir desse momento, os países perceberam a sua imensa dependência do petróleo. Por exemplo, para evitar um desabastecimento no país, os EUA tiveram um forte aumento nas importações de petróleo. O sucesso do embargo demonstrou o poder diplomático e econômico da Arábia Saudita. Aliás, Israel venceu a Guerra com facilidade e teria ganho ainda mais espaço no Oriente Médio, mas resolveu voltar atrás por conta de um pedido dos Estados Unidos.
Acredite quem quiser, a administração de Nixon iniciou negociações multilaterais com os combatentes. Graças ao jeitinho americano, convenceu Israel a retirar-se das posições ocupadas na Península do Sinai e colinas de Golã. No dia 18 de janeiro de 1974, como resultado de uma negociação conduzida pelo Secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger, houve a retirada das tropas israelitas de partes da península do Sinai.
Situação resolvida? Paz mundial alcançada? Nada disso, todo esse caos foi seguido da crise do petróleo de 1979, chamada o "segundo choque do petróleo." Aliás, a situação piorou com sucessivas altas no preço do petróleo. Inclusive, o sistema financeiro mundial colapsou. A partir daí, veio um cenário de recessão e inflação, que persistiu até o início da década de 1980, com os preços do petróleo permanecendo elevados até 1986.
Nos dias atuais, a situação é semelhante. Porém, o preço do petróleo pode causar outra inflação global sem precedentes. Mas o arguto leitor da ZeroZen pode argumentar que hoje os países estão mais preparados e já investiram em outras fontes alternativas de combustível. Ainda assim, o preço não é baixo. Existiria outro elemento capaz de criar uma alta no petróleo?
A resposta é simples: claro que sim. Esse elemento se chama vinil! Duvida? De acordo com o relatório anual de receita divulgado pela RIAA (Recording Industry Association of America, ou Associação da Indústria Fonográfica dos Estados Unidos), as vendas de discos de vinil superaram as de CDs nos EUA em 2022. É a primeira vez que isso acontece desde 1987. Somente nos Estados Unidos, foram vendidos 41 milhões de discos de vinil contra 33 milhões de CDs.
Aliás, existe um documentário muito interessante chamado Our Vinyl Weights a Ton. A obra mostra que graças à crise petrolífera de 1973 os discos de vinil deixaram de ter 180g. Basta juntar os pontos e perceber que o boom do vinil pode trazer de volta a escassez de petróleo. Pode gerar outra crise mundial de abastecimento! Parece loucura? Bem, no Brasil, os discos duplos em vinil passaram a ser lançados como simples. Tudo para economizar matéria-prima!
Claro que o atilado zeronauta deve estar pensando: mas onde está a conspiração? Simples! O vinil está ajudando a salvar o planeta! Com menos petróleo disponível, menos carros vão circular usando combustível fóssil. Sim, o tiozão do vinil está garantindo a vida no planeta para as próximas gerações. Com certeza, o futuro é vinil.
O ZZ-files tem convicção que alguma ONG defensora do meio ambiente percebeu que o vinil era a salvação. Mas não poderia falar isso abertamente com entidades governamentais. Ninguém levaria esse alerta a sério. Talvez tenham criado um grupo paralelo que passou décadas repetindo o óbvio (o som do vinil é muito melhor do que o CD) para as novas gerações. Ao longo do tempo, cada novo vinil comprado significa menos poluição no mundo. O máximo que pode acontecer é juntar sujeira no seu disco, mas basta passar um pano e já está tudo bem.
A verdade está lá fora escutando vinil em um 3-em-1 da Sony
Considerações finais
1 - A venda de discos de vinil aumentou de forma consistente nos últimos 16 anos.
2 - Apenas nos EUA, os discos de vinil representam 71% de toda a receita musical comercializada em mídia física.
3 - As vendas de todas as mídias físicas somadas aumentaram 4%. Isso representa 1,7 bilhão de dólares entre 2021 e 2022. Porém, a parcela que diz respeito ao vinil é de 1,2 bilhão de dólares!
4 - De 2021 para 2022, a venda de vinil teve um aumento de 17% em comparação ao ano anterior.
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.