Papai Noel é um agente capitalista
Depois de quase um ano de pesquisas, a ZeroZen vem corajosamente revelar o que, talvez, seja a mentira do século. Temos certeza de que sofreremos represálias e provavelmente daqui para diante teremos que nos esconder em alguma aprazível gruta do Himalaia.
A verdade é que (por favor, tirem as crianças da sala) o Papai Noel é um agente capitalista. É... ele mesmo! O bom velhinho não passa de mais uma tramóia mundial visando iludir mentes crédulas e inocentes.
Vamos aos fatos: nenhuma pessoa acreditaria em uma rena que pudesse voar, pior ainda um trenó puxado por renas voadoras. Entretanto ainda existem aproximadamente 300 mil espécies de organismos desconhecidos pela ciência. Embora pouco prováveis, renas voadoras podem realmente existir. Ora, isto não desmascara ainda aquele velhinho safado, porém já demonstra que é preciso uma ligeira desconfiança.
Atualmente existem no mundo algo em torno de 2 bilhões de crianças no mundo. O Papai Noel, entretanto, não tem sua crença difundida entre muçulmanos, hindus, judeus e budistas. Automaticamente Noel, esta fraude natalina, teria de entregar presentes para digamos 15% total de crianças. Isso equivale a 378 milhões de pessoas. Se, hipoteticamente, admitirmos que existam 3,5 crianças por lar surgiriam 91,8 milhões de lares.
É evidente que devido à rotação da Terra o velhinho safado teria 31 horas para entregar todos os presentes que ficou (hahahaha) fabricando durante o ano. Para executar sua tarefa a contento e considerando que ele levasse 30 segundos para deixar o presente em cada casa ele faria 822,6 visitas por segundo!
Para realizar esta proeza inumana ele teria de viajar com o trenó de renas voadoras a espantosa velocidade de 2 mil quilômetros por segundo, ou seja, 6 mil vezes a velocidade do som!! Porém é preciso ressaltar que o Papai Noel sempre viaja de saco cheio. Isto significa dizer que se ele carregasse um briquedo leve como um playmobil teria que ser capaz de levantar 321,3 mil toneladas. Uma rena comum (daquelas que não voam) carrega mais ou menos 150 quilos. De cara podemos calcular que o trenó deveria ter algo em torno de 224 mil renas para carregar tanto peso ao invés de 9 ínfimos animais. Vale lembrar que não estamos incluindo o proprio Papai Noel - um gordo - no cálculo.
Tanto peso viajando em uma velocidade gigantesca implica uma resistência do ar terrível. De fato as renas virariam churrasco da mesma maneira que queima um foguete quando da reentrada na atmosfera. As renas da frente deveriam absorver uma energia de 14,3 quintilhões de joules, por segundo, cada uma. Logo elas se vaporariam em chamas, quase que instantaneamente. As renas seguintes teriam o mesmo destino. Isto tudo provocaria um ruído supersônico ensurdecedor. O desaparecimento total de todas as renas levaria apenas 4,26 milesimos de segundo. Durante este tempo, Papai Noel seria submetido a uma demolidora força centrífuga . Um Papai Noel de 125 kilos (obeso) seria colado ao fundo de seu trenó e automaticamente viraria pastel (de carne, é claro).
Porém a mais assustadora revelação é que o Papai Noel foi comprado pela Coca-cola. Sim o refrigerante mais famoso do mundo foi quem criou a imagem do gordo bonachão vestido de vermelho e branco com uma cinta preta (não por acaso as mesmas do refrigerante). Ele apareceu pela primeira vez, em 1920, em uma peça publicitária criada pelo publicitário Thomas Nast.
Se você não acreditou em nada do que foi escrito até agora, a ZeroZen desafia você, incrédulo leitor, a achar uma outra marca de refrigerante divulgue o Papai Noel em seus produtos. Por um acaso você já viu uma lata de Pepsi enfeitada pelo safado do bom velhinho? Hô-hô-hô-hô, caro leitor.
A verdade está lá fora entalada na chaminé esperando os bombeiros.
Considerações finais
Nos anos 80 uma corajosa banda de rock nacional chamada 14º Andar escreveu uma música na qual delatava que o Papai Noel era uma invenção da câmara de comércio. Coincidência ou não o grupo desapareceu sem deixar rastros.
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.