A verdade sobre o apagão de 2018
O ZZ-files é hábil em seguir as pistas ignoradas pela mídia tacanha e adesista. Só que desta vez fomos obrigados a seguir as nossas próprias pistas. Sim! Nós mesmos nos ignoramos em relação a nós mesmos. Tudo por que nossos articulistas comentaram sobre a NASA ter comprado 1500 consoles PS3 na seção Chutando Cachorro Morto. Com essa pequena dica foi possível descobrir a verdade sobre o apagão de 2018 no Brasil
Antes de mais nada, na ZeroZen não tem fake news. Sim, o governo norte-americano comprou 1.760 consoles, que foram unidos sob o comando de 168 unidades de processamento gráfico e 84 servidores coordenadores, para formar “o computador interativo mais rápido de todo o Departamento de Defesa”. A ideia da NASA foi economizar dinheiro.
Mas como isso tudo se encaixa com o Brasil? Bem, o nosso país teve um apagão no dia 21 de março de 2018. Ele atingiu todas as regiões do país, porém teve maior intensidade e duração nas regiões Norte e Nordeste (essa é uma informação muito importante). De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a queda ocorreu devido a uma sobrecarga em algumas linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional, o que causou o desligamento de cerca de 18 mil megawatts, correspondente a 22,5% da capacidade nacional.
A queda, que ocorreu às 15h48min (Horário de Brasília), atingiu principalmente os estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins, localizados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Segundo a ONS, 94% dos municípios destes estados foram afetados. Pelo menos, 83 milhões de habitantes foram afetados com a queda de energia.
O apagão também teve efeitos nas regiões Sul e Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, porém nestas localidades, a energia foi restabelecida logo às 16h15min (horário de Brasília)
O mais incrível foi a explicação do governo brasileiro para o apagão. Na época, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o apagão ocorreu após uma falha na usina de Belo Monte, no Pará. Mas as Centrais Elétricas do Pará (Celpa) informaram que houve um problema na geração de energia da usina de Tucuruí, nordeste do estado, e isso também poderia ter causado o apagão. Já as investigações da ONS garantiram que o apagão ocorreu por falha humana. Em tese, um disjuntor de subestação de Belo Monte foi programado erroneamente.
Então, um estagiário programou um disjuntor errado? Mais especificamente o disjuntor da subestação de Xingu, que é responsável pelo escoamento de praticamente toda a geração da usina de Belo Monte. Parecer difícil de acreditar que um acidente tão banal tenha afetado a vida de mais de 70 milhões de pessoas. Mas, então, o que realmente aconteceu?
Fácil. A culpa do apagão foi a tentativa de ligar 1500 PS3 ao mesmo tempo feita pelo governo brasileiro. Antes que o aparvalhado zeronauta decida jogar a sua cópia de Uncharted 2 pela janela é preciso explicar todos os eventos que provocaram um blecaute em boa parte do território brasileiro.
Em primeiro lugar, chama a atenção o fato de que o Maranhão foi um dos Estados afetados pelo apagão. Por que isso é tão importante? Por que lá está localizado o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Sim, esse lugar é de vital importância para a Agência Espacial Brasileira (AEB). O problema é que a AEB não conta com muito apoio do governo.
Para piorar a situação, o escândalo da WikiLeaks revelou que o governo dos Estados Unidos sempre fez questão de impedir a produção de foguetes brasileiros. A organização vazou um telegrama enviado pelo Departamento de Estado dos EUA à embaixada de Brasília em que essa política é enfatizada. O texto ressalta a importância de garantir que a Ucrânia, na época parceira espacial do Brasil, não transferisse tecnologia para a construção de foguetes. Historicamente, esse desencorajamento é justificado como forma de evitar que o Brasil produza mísseis balísticos intercontinentais, que são iguais aos foguetes utilizados para fins científicos.
Então, existe uma agência com um orçamento reduzido, na qual o uso de supercomputadores é muito importante. Sem apoio do governo e perseguida pelo governo norte-americano. Por que não usar o poder de processamento do PS3? Claro que com um certo atraso. O PlayStation 3 foi lançado em 11 de novembro de 2006 no Japão e em 17 de novembro de 2006 na América do Norte. Infelizmente, nesse momento o preço de um PS3 no Brasil seria o equivalente a todo orçamento da AEB.
A ZeroZen especula se a Agência Espacial Brasileira decidiu seguir a receita da NASA e comprar vários PS3. Mas como não tinha dinheiro foi fazendo isso aos poucos. Possivelmente, também buscou consoles no Paraguai para baratear os custos. E levou praticamente uma década para preparar o seu supercomputador. Quando os cientistas finalmente ligaram a sua máquina não conseguiram localizar nenhum alien, mas viram todas as luzes do Brasil se apagarem...
É lógico que o governo brasileiro jamais admitiria que todo esse prejuízo aos cofres públicos teria sido causado por um console de videogame. Por isso, a falta de interesse em realmente descobrir o que aconteceu. Ou seja, com relação ao apagão de 2018, o governo fez que não viu nada (sem trocadilho).
A verdade está lá fora jogando Read Dead Redemption 2
Considerações finais
1 - Se é realmente verdade que 1500 consoles PS3 ligados ao mesmo tempo seriam uma ameaça ao abastecimento de energia elétrica do país, isso explica o motivo pelo qual os videogames no Brasil custam tão caro!
2 - Em 2006, a Alcântara Cyclone Space (ACS), uma empresa pública binacional, foi criada para comercializar o lançamento de satélites em Alcântara através do foguete ucraniano Cyclone-4. A previsão para o início das operações era 2010, só que o veículo nunca ficou pronto. O acordo que custou meio bilhão de reais aos cofres públicos foi rompido em 2015 e, no governo Temer. O que explica a tentativa desesperada da AEB ocorrer em 2018.
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.