A verdade sobre as queimadas na Amazônia
A Amazônia está em chamas. As queimadas destroem a nossa floresta tropical. A fumaça é tanta que os adeptos do reggae esperaram Jah aparecesse para um bate-papo. No meio do caos, o presidente brasileiro vem a público explicar que a culpa era das ONGs. Isso seria realmente possível? Era hora do ZZ-files entrar em ação novamente e seguir as pistas ignoradas pela cada vez mais tacanha mídia nacional.
O presidente Jair Bolsonaro foi taxativo. As ONGs estariam por trás de queimadas na região amazônica. O motivo seria “chamar atenção” contra o governo do Brasil. O presidente não citou nomes, mas disse que as organizações teriam ajuda do exterior. "No meu entender, há interesse dessas ONGs, que representam interesses de fora do Brasil" afirmou.
A equipe do ZZ-files sabia que era preciso agir rapidamente. Do jeito que a Amazônia está queimando, as provas seriam incineradas rapidamente. Por isso, bastou sentar na mesa do bar e em cinco minutos de resenha já obtivemos a resposta. Infelizmente, a equipe seguiu bebendo e levou mais um mês para se lembrar da trama. Ainda assim, chegamos na frente da maioria dos jornalistas brasileiros.
A primeira coisa que fica evidente é que as ONGs não têm culpa dos incêndios na Amazônia. Elas sequer teriam a capacidade técnica e a coordenação logística para realizar essas ações. O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy, criticou a fala de Bolsonaro. “As ONGs têm como objetivo o meio ambiente como prioridade. Não faz nenhum sentido dizer que ONG está colocando fogo em floresta, pelo contrário. É um grande absurdo”, destacou.
Mas, então, quem seria o responsável? Antes de mais nada é preciso voltar à fala de Bolsonaro. O presidente alerta para uma possível ação estrangeira na Amazônia. “Com todo respeito a você, me aponte uma árvore plantada com esses recursos bilionários que vêm de fora para dentro aqui? Acha que é um coração muito grande desses países para nos ajudar? Não quer nos ajudar. Todo mundo sabe que não tem amizade entre países, tem interesse", ironizou.
Sim. Nesse ponto (provavelmente seja a única vez em toda a sua vida) o presidente está certo. Não existe amizade entre países. Mas a pergunta decisiva é: que país europeu poderia ter interesse? Não demorou muito tempo para a verdade aparecer. O presidente francês, Emmanuel Macron se colocou como defensor da Amazônia, como salvador da floresta tropical.
Macron levou às reuniões da cúpula do G7 suas preocupações sobre os incêndios que ocorrem na Amazônia. O francês chegou a acusar Bolsonaro de ter mentido em julho, durante seu discurso no G20, em Osaka, sobre as medidas de seu Governo para a preservação da Amazônia e do meio ambiente. O clima entre os países esquentou (sem trocadilho).
A partir daí, ficou fácil de entender o que aconteceu. Em primeiro lugar, é importante lembrar que a floresta tropical amazônica cobre boa parte do noroeste do Brasil e se estende até a Colômbia, o Peru e outros países da América do Sul, como, por exemplo, a Guiana Francesa.
Para quem não se lembra das aulas de geografia, a Guiana Francesa é uma região ultramarina da França na costa nordeste da América do Sul, composta principalmente por floresta tropical. Sim, a França está presente com toda pompa e circunstância na América Latina. Porém, como o país faria essas ações na Amazônia?
A resposta é absurdamente simples. O serviço secreto francês! Antes que o aparvalhado leitor da ZeroZen ameace tacar fogo na sua samambaia, vale lembrar que todo mundo conhece a CIA ou o MI6. Mas no caso dos franceses quem está encarregado de fazer ações de espionagem? Bem, o Direction Générale de la Sécurité Extérieure (DGSE) é reconhecido como um pequeno serviço secreto acima de tudo cerebral. É uma das agências de inteligência e contraespionagem da França, desde 1982. Porém, em matéria de ações de campo, ele coleciona fiascos. É mais conhecido por seu amadorismo e falhas do que por ações sangrentas ou espetaculares.
Para quem não sabe, o serviço francês foi responsável, em 1985, por afundar o navio "Rainbow Warrior" pertencente ao Greenpeace. O barco navegou para Auckland, na Nova Zelândia, para abastecimento. Depois iria protestar contra testes nucleares feitos pelo governo francês. Contudo, a embarcação nunca chegaria a Moruroa. Em 10 de julho de 1985, duas explosões racharam seu casco no cais do porto de Auckland. O navio afundou e o fotógrafo do Greenpeace, Fernando Pereira, morreu.
Logo ficou evidente que as explosões eram um ato de sabotagem. As atenções se voltaram para a França. Dois suspeitos foram presos pela polícia de Auckland. Eram agentes do Serviço Secreto francês. Nas semanas seguintes, cresceram as evidências de que a decisão de colocar as bombas no "Rainbow Warrior" tinha sido tomada no mais alto escalão do Governo francês. O Ministro da Defesa da França, Charles Hernu, pediu demissão, admitindo cumplicidade.
Com um serviço secreto desses quem precisa de inimigos? Especulamos se agentes do DGSE entraram no Brasil por meio da Guiana Francesa e saíram queimando tudo até a última ponta (sem trocadilho). Claro que o fogo saiu do controle. Vale notar que nossos agricultores têm décadas de experiência na destruição da floresta tropical. Por isso, a destruição sem precedentes. O número de queimadas aumentou 82% em relação ao mesmo período de 2018 justamente pela ação dos agentes franceses!!
A verdade está lá fora fazendo o fogo do churrasco
Considerações finais 1 - Para terminar, o ZZ-files não pode deixar de notar que Procuradoria de Paris até hoje não sabe a causa do incêndio na Catedral de Notre-Dame. O Ministério Público descartou qualquer intenção criminosa e encerrou sua investigação. Depois de mais de 70 dias de investigações, um arquivo de 1.125 folhas, uma centena de interrogatórios e “numerosas constatações”, as investigações realizadas não permitem determinar as causas do incêndio”, disse em um comunicado o procurador de Paris, Rémy Heitz.
2 - Fica evidente que as investigações pararam por que poderiam envolver o governo francês em um escândalo. Especulamos se agentes do DGSE não estavam fazendo um treinamento secreto perto da Catedral com algum piromaníaco em busca de liberdade condicional. Infelizmente, as coisas saíram do controle e um dos monumentos de Paris foi destruído
3 - É possível que a França tente usar a Guiana Francesa para invadir o Brasil e tomar conta da Amazônia? Não. Claro que não. Quem conhece história sabe que a França é perita em se render, não em atacar...
O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia.