Wilde

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O problema das cinebiografias é que raras vezes a vida da pessoa biografada vale mesmo a pena ser contada. O poeta, romancista e dramaturgo irlandês Oscar Wilde (1854-1900) teve realmente uma existência difícil. O autor de O Retrato de Dorian Gray acabou sendo condenado pela justiça inglesa por dar ré no quibe, ou seja, ser homossexual.

O equívoco de Wilde, o filme, é que ele é tão afetado quanto Wilde, o escritor. Tudo fica em banho-maria. As cenas são lentas e arrastadas e o roteiro parece estar mais interessado em defender os pontos de vista de Oscar Wilde (vivido com correção por Stephen Fry) do que propriamente contar a sua história.

O curioso é que Wilde casou com uma senhora chamada Constance (Jennifer Ehle) e foi capaz de gerar uma quantidade respeitável de filhos. Depois é que ele se rendeu ao lado negro da força e acabou tendo um romance com o jovem lorde Alfred Douglas (Jude Law). Claro que a conservadora sociedade vitoriana resolveu agir com rigor para acabar com a baixaria.

Não é preciso dizer que Wilde é um filme antílope até a medula. Se você é um daqueles homossexuais engajados este é o filme da sua vida. Se você é daqueles pessoas que prefere urinar em pé, é melhor escolher outro filme.

J. Tavares

Wilde (Wilde, ING,1997) Direção: Brian Gilbert. Elenco: Stephen Fry, Jude Law, Vanessa Redgrave, Jennifer Ehle. 120 min.

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