Vida Bandida

Vida Bandida é um daqueles filmes que também não. Diretor consagrado, elenco famoso, montagem esperta. Tudo isso para exibir um produto final medíocre, perfeito para satisfazer mentes tacanhas ou espectadores mais afoitos. De certa forma, o grande equívoco do filme é Cate Blanchett completamente perdida, provando que tem tanto senso de humor quanto uma cafeteira elétrica.

Vida Bandida conta a história de dois ladrões de bancos Joe Blake (Bruce Willis) e Terry Collins (Billy Bob Thornton). Eles desenvolveram uma técnica genial de cometerem os assaltos. Na noite anterior ao crime seqüestram a família do gerente do banco. Assim, depois de muita conversa e uma surpreendente boa educação abrem o cofre e enchem sacolas e mais sacolas de dinheiro.

Tudo funciona as mil maravilhas até que surge uma esposa frustada Kate Wheeler (Cate Blanchett) que resolve largar o marido e cair na senda do crime. Kate, para complicar as coisas, resolve ficar com o melhor de dois mundos. Um pouco dos músculos de Joe e da inteligência de Terry. Claro que isso só pode resultar em muita confusão e correria.

O filme segue empilhando uma piada sem graça após a outra. Cate Blanchett consegue irritar até um monge budista com a sua interpretação. Aliás, verdade seja dita, seu personagem não tem o menor sentido. Poderia ter sido limado do filme sem qualquer problema. O diretor Barry Levinson deveria ser preso por desperdício de tempo e dinheiro. Vida Bandida é o tipo de filme que vale a pena esperar para ver. De preferência uns 150 anos...

J. Tavares

(Bandits, EUA, 2001), Direção: Barry Levinson, Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Cate Blanchett, Troy Garity, Bobby Slayton, Duração: 122 min.

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