Topsy-Turvy - O Espetáculo
Topsy-Turvy - O Espetáculo ganhou os Oscar de maquiagem e figurino de 2000. Não precisa nem dizer que estas categorias são as mais boiolas de toda a premiação da academia. Honestamente, não parece ser a melhor ou mais importante referência para se ver um filme. A não ser é claro que você seja um costureiro em busca de inspiração para a sua nova coleção.
O filme narra a história de uma famosa dupla de compositores ingleses do século XIX. William Schwenck Gilbert (Jim Broadbent) é um letrista que conta com a companhia de Arthur Sullivan (Allan Corduner) que escreve as canções. São uma espécie de Sulllivan e Massadas da época. Eles realizam uma série de óperas cômicas que caem no gosto dos britânicos. O problema é que sua última peça Princess Ida, escrita em 1884, é um gigantesco fracasso de bilheteria.
A dupla entra em crise e está prestes a se separar até que Lucy (Lesley Manville), esposa de Gilbert, leva seu marido a uma exposição sobre a cultura japonesa. Rapidamente, o letrista percebe uma excelente oportunidade de fazer diferente aquela mesma coisa sempre igual. Em pouco tempo surge uma nova produção, The Mikado, que pode salvar o destino da dupla.
O principal problema de Topsy-Turvy é que o diretor Mike Leigh resolve mostrar trechos inteiros dos trabalhos de Gilbert e Sullivan. Quase não há história. Tudo se resume a um número musical atrás do outro, o que levou o filme a excessiva e brutal metragem de 160 minutos. É uma overdose totalmente dispensável de óperas cômicas. É como diz o ditado: vá a ópera, mas não me convide.
(Topsy-Turvy/Bread & Roses, ING, 1999), Direção: Mike Leigh, Elenco: Allan Corduner, Jim Broadbent, Lesley Manville, Kate Doherty, Dexter Fletcher, Martin Savage, Sukie Smith, Wendy Nottingham, Stefan Bednarczyk, Timothy Spall, Francis Lee, William Neenan, Duração: 160 min.