Tigerland - A Caminho da Guerra

Depois os americanos não sabem o motivo de terem perdido a Guerra do Vietnã. Basta assistir a 15 minutos de Tigerland - A Caminho da Guerra para perceber o porquê da derrota. Com um exército de covardes desses só podiam mesmo acabar sendo surrados pelos implacáveis vietnamitas. Os soldados americanos literalmente se borram de medo e sequer saíram do seu país.

Para piorar as coisas, este engodo cinematográfico é dirigido Joel Schumacher, a libélula esvoaçante de Hollywood. Provavelmente o diretor topou o projeto na hora quando soube que haveria dezenas de homens vestindo uniformes do exército. O filme narra a luta do contestador recruta Roland Bozz (Colin Farrell). Ele junta-se a um pelotão de jovens soldados que estão sendo preparados para serem enviados ao Vietnã. Bozz funciona como um verdadeiro elemento tumultuador de grupo. E faz de tudo para não ir para a guerra.

Porém, o pelotão acaba indo para Tigerland um campo de treinamento que é a última parada antes da partida para o Vietnã. Bozz então se transforma em um líder. Vira um verdadeiro sindicalista do exército. Só falta pedir a redução da jornada de trabalho e o aumento do soldo mínimo. Os demais soldados, que só falta pedirem a ajuda da mamãe para amarrarem os coturnos, entram na onda.

Tigerland - A Caminho da Guerra, é preciso esclarecer, não é um filme de ação. Aliás, passa muito longe disso. É quase que um teatro falado. São diálogos e mais diálogos em defesa da paz ou da covardia, como você preferir. O fato é que ninguém aguenta mais filmes sobre a Guerra do Vietnã e, principalmente, ninguém aguenta mais filmes dirigidos pelo Joel Schumacher.

J. Tavares

(Tigerland, EUA, 2000), Direção: Joel Schumacher, Elenco: Colin Farrell, Matthew Davis, Clifton Collins Jr, Tom Guiry, Shea Whigham, Russell Richardson, Nick Searcy, Afemo Omilami, James MacDonald, Keith Ewell, Matt Gerald, Stephen Fulton, Tyler Cravens, Arian Waring Ash, Haven Gaston, Duração: 101 min.

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