O 13º Andar
Era inevitável que o fenômeno Matrix desse cria. Hollywood não poderia ignorar toda essa bobagem de realidade virtual por muito tempo. Esse O 13º Andar é um típico filme B, de baixo orçamento e com atores desconhecidos que sequer serviriam de coadjuvantes para o Arquivo X. Feito apenas para aproveitar o embalo do sucesso de outro filme. No caso, o supra citado Matrix.
A história, como manda a regra do gênero, não faz muito sentido. Hannon Fuller (Armin Mueller-Stahl) é um desses gênios da informática do cinema que cria uma simulação virtual perfeita de Los Angeles dos anos 30. Então ele faz uma descoberta importante e acaba sendo assassinado no mundo real. Deixando uma pista no mundo virtual para o seu sócio Douglas Hall(Craig Bierko). Que é o principal suspeito da morte de Fuller. Douglas vai acabar descobrindo que o mundo em que ele vive também não é real, e sim outra simulação(?!). Ou seja: uma simulação dentro da simulação. Mas o grande furo do roteiro é tentar vender a idéia de que quem morre no mundo virtual, volta como o personagem que incorporou na simulação.
Um detalhe, no entanto, chama a atenção: até ser assassinado Fuller usou o mundo virtual apenas para dormir com o maior número de mulheres possíveis. Esse deve ser, até hoje, o mais sincero retrato da realidade virtual apresentado pelo cinema. O resto é pura empulhação.
Enfim é vendo esse tipo de filme que se percebe, cada vez mais, a genialidade do multimilionário e dono da Microsoft Bill Gates. Se um dia a Microsoft desenvolvesse um mundo virtual nada disso aconteceria. O programa indicaria uma operação ilegal e precisaria ser desligado. Depois era só reiniciar a máquina e tudo voltava ao normal. Essa gente de Hollywood não entende nada de informática...
(The 13th Floor, EUA/Alemanha, 1999) Direção: Josef Rusnak. Elenco: Craig Bierko, Vicent D'Onofrio, Armin Muller Stahl, Gretchen Mol. 100 min.