Sede de Sangue (Thirst/Bakjw)
“Sede de Sangue” do diretor coreano Chan-wook Park, de “Oldboy”, talvez seja o melhor antídoto para febre Twilight. Não que seja um bom filme, longe disso, mas digamos que depois de ver “Thirst” se percebe que até os vampiros coreanos são mais inteligentes que os americanos...
A história, como Twilight, também gira em torno de um amor impossível: um vampiro se apaixona por uma mortal e esta quer que ele a transforme em ‘vampira’ para que possam viver literalmente para sempre, mas não necessariamente felizes.
Claro, que existe aqui e ali pequenas diferenças: o vampiro é um padre, nada como religião para aguçar a sacanagem, e o imbróglio todo é resolvido em apenas um filme. Não numa infindável trilogia!!! Outra curiosidade é que em “Sede de Sangue” vampirismo se contrai por transfusão de sangue... Sangue ruim é isso aí.
Sem falar que o filme não tem aquela basbaquice casta dos vampiros de Twilight. O fato do vampiro ser um padre também parece pouco importar. Vampiros tem, digamos, “necessidades especiais”...
O diretor Chan-wook Park fez uma espécie de filme autoral sobre vampiros, que lembra vagamente Martin (1977) de George Romero, e que inclui várias cenas incomuns ao gênero, que tentam às vezes mostrar, pasmem, um lado mais humano de um vampiro. Algo que convenhamos seria difícil em qualquer filme Hollywoodiano.
No final das contas, “Sede de Sangue” é uma daquelas curiosidades curiosas em que é preciso fazer um enorme esforço para se sentir confortável com o que está acontecendo na tela, deve ser mais ou menos como se tornar um vampiro...
(Bakjw, Coréia; Thirst, USA, 2009) Direção: Chan-wook Park. Elenco: Kang-ho Song, Ok-bin Kim, Hae-sook Kim, Ha-kyun Shin, In-hwan Park, Dal-su Oh, Young-chang Song, Mercedes Cabral. Duração: 133 min.
