No Limite
Calma, incauto zeronauta. Não se trata do spa para desesperados da Rede Globo. Apesar do resultado final ser tão decepcionante quanto. O filme estrelado por Anthony Hopkins e Alec Baldwin é um daqueles fracassos monumentais. Do tipo que é melhor esconder da sua autobiografia.
Tudo acontence quando uma bela modelo chamada, ora vejam que coisa meiga, Mickey (a encorpada Elle Macpherson estreando no cinema) viaja para uma isolada locação no Alasca para um ensaio fotográfico. Infelizmente o diretor perde a oportunidade de mostrar o talento de Elle, pois o ensaio não era para playboy, penthouse ou revistas instrutivas do gênero.
Enfim, seu marido, um milionário culto e vetusto (Anthony Hopkins cada vez mais canastrão) perde-se num acidente de avião com o fotógrafo doido de pedra do ensaio (Alec Baldwin cada vez mais gordo). Ambos ficam perdidos nas montanhas geladas. Eles estão no limite e sem o Zeca Camargo para explicaro que fazer.
Os dois unem-se para enfrentar os perigos e chegar ao portal dos elementos. Claro que não contavam com um gigantesco urso que também estava a fim dos R$ 300 mil. Então começam a descobrir coisas desagradáveis entre eles e discutir sem parar ao invés de correr atrás das mandalas.
Quer dizer, neste ponto você já vai estar dormindo no sofá. Escutando as reclamações da sua esposa, perguntado quando é que você vai parar de beber. Ou o choro das suas oito crianças pequenas querendo comprar o novo pokémon. É... nada como a aventura do mundo real.
(The Edge, EUA, 97), Direção: Lee Tamahori, Elenco: Anthony Hopkins, Alec Baldwin, Elle Macpherson, Harold Perinneau, L. Q. Jones, Duração: 117 min.