Na Teia da Aranha

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Morgan Freeman acha que ser detetive é semicerrar os olhos. Em A Teia da Aranha ele repete o papel de Alex Cross, no qual tinha feito um relativo sucesso em Beijos que Matam. Se o primeiro filme tinha algum estilo e um psicopata mais inteligente que a maioria esta continuação é de uma indigência mental constrangedora. É um caso nítido de falência de idéias.

No início do filme o detetive e psocólogo da polícia de Washington, D.C. acaba perdendo a sua parceira em um acidente (clichê nº1). Desolado, ele se afasta de tudo e de todos e reluta em voltar ao trabalho (clichê nº2). Mesmo assim um psicopata sem ter mais o que fazer resolve seqüestrar a filha de um senador e mandar pistas para o doutor Alex Cross (clichê nº3). O detetive entra no caso e começa e descobrir que nada é tão simples como parece. A não ser fazer um roteiro em Hollywood.

Se isto ainda não foi suficiente para fazer você desistir de assistir ao filme, a trama fica ainda pior. O seqüestrador Gary Soneji (Michael Wincott) resolve admitir que o objetivo de seu plano criminoso é realizar o crime do século! Tudo por que depois que o aviador Charles Lindenbergh sobrevoou o Atlântico teve o seu filho raptado. A imprensa rapidamente chamou a ação de O Crime do Século. Ora, se funcionou daquela vez poderia dar certo em pleno Século XXI. Então tá.

Como desgraça pouca é bobagem, Alex Cross ainda tem de agüentar uma nova parceira que é um exemplo de incompetência, a agente do serviço secreto Jezzie Flannigan (Monica Potter). Morgan Freeman passa o filme inteiro correndo de um lado para o outro. Sempre um passo atrás do criminoso. O desfecho até poderia ser inteligente se não fosse tão previsível. Entre os furos do roteiro e o acúmulo de clichês o melhor a fazer é fugir dos filmes estrelados por Morgan Freeman.

J. Tavares

(Along Came a Spider, EUA, 2001), Direção: Lee Tamahori, Elenco: Morgan Freeman, Monica Potter, Michael Wincott, Penelope Ann Miller, Michael Moriarty, Mika Boorem, Duração: 103 min.

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