Sorriso de Mona Lisa

Julia Roberts bem que tentou fazer o seu Sociedade dos Poetas Mortos. Porém, basicamente faltou talento e inteligência. O resultado final de Sorriso de Mona Lisa é um amontoado de clichês. O espectador vai adivinhando o desenrolar de cada cena enquanto medita sobre quanto tempo de sua vida acabou de desperdiçar.

A trama começa em 1953. Naqueles tempos, o homem era o senhor do seu castelo e restava as mulheres tomar o chá da tarde com suas amigas. Pelo menos assim era a vida famosa faculdade feminina Wellesley College. Porém, tudo muda quando a nova professora de história da arte Katherine Watson (Roberts) começa a lecionar.

A instituição acredita que melhor do que uma reputação acadêmica é um bom casamento para suas alunas. Claro que Katherine não concorda com isso e vai tentar mudar a rotina do lugar. Contudo, desde que o mundo é mundo, os alunos raramente prestam atenção no que o professor está falando.

Assim, suas alunas vivem pequenos dramas sem maior importância enquanto Katherine se esforça para mudar o mundo. A filhinha-de-mamãe Betty Warren (Kirsten Dunst) enfrenta a professora em defesa da tradição. A liberal (mas nem tanto) Joan Brandwyn (Julia Stiles) oscila entre o noivado e a faculdade de Direito. A carismática e dadivosa Giselle Levy (Maggie Gyllenhaal) e a meiga Constance Baker (Ginnifer Goodwin).

O herói romântico da história Bill Dunbar (Dominic West) um professor de italiano. Enfim, Sorriso de Mona Lisa é um verdadeiro tratado sobre como rechear um filme como clichês. Julia Roberts acabou fazendo uma Sociedade das Poetas de TPM e foi só.

J. Tavares

(Mona Lisa Smile, EUA, 2003), Direção: Mike Newell, Elenco: Julia Roberts, Kirsten Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal, Ginnifer Goodwin, Dominic West, Juliet Stevenson, John Slattery, Marcia G.Harden, Topher Grace, Laura Allen, James Callahan, Marian Seldes, Terence Rigby, Donna Mitchell, Duração: 117 min.

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