Olhos de Serpente
O diretor Brian DePalma (Missão Impossível) já entregou os pontos faz algum tempo. Mas de vez em quando ele resolve fazer um ou outro filme, onde tenta emular os melhores momentos do início de sua carreira. Os resultados, porém, acabam sendo pífios e constrangedores, como em Olhos de Serpente.
Aqui o maior canastrão da atualidade, Nicholas Cage, faz o papel de um policial corrupto que é testemunha do assassinato do Secretário de Defesa dos EUA, durante uma luta de boxe em um cassino hotel de Atlantic City. O assassino é morto pelo chefe de segurança do evento, Gary Sinise, mas tudo se revelará ser bem mais complicado do que se possa imaginar.
O único ponto alto do filme é a cena do assassinato, que é narrada várias vezes durante o filme, pelo ponto de vista de diferentes personagens. Brian DePalma exibe toda sua pirotecnia cinematográfica, mas parece apenas estar enchendo lingüiça. Quando, finalmente, resolve contar uma história ela não poderia ser menos plausível, tanto que se revela outra daquelas conspirações militares das mais furadas.
Atenção: Olhos de Serpente contém um dos maiores erros de continuidade da história do cinema. Em determinado momento Cage devolve uma nota de 100 dólares manchada de sangue para um repórter da televisão, que a pega e a coloca no bolso. Depois a nota vai aparecer no chão da sala de vídeo sabe-se lá como.
(Snake Eyes, EUA, 1998) Direção: Brian DePalma. Elenco: Nicholas Cage, Gary Sinise, John Heard, Carla Gugino, Stan Shaw, Kevin Dunn. 105 min.
