Pânico 3
A saga de Pânico chega ao fim. Pelo menos segundo Wes Craven, que jura que concebeu a série inicialmente como uma trilogia. Então tá. Em Pânico 3 todos os clichês dos filmes de terror se mostram presentes. O filme fica no meio termo, bem em cima do muro, igual ao PSDB.
Depois dos crimes Woodsboro, surgiram os assassinatos na faculdade realizados por outro maníaco em busca de fama. Agora é a vez de mais um doido de carteirinha sair matando todo mundo para no final fracassar em matar a única pessoa que lhe interessava. A contagem de corpos aumenta, e, é claro, a eficiente polícia americana não aparece nem para comer um donuts.
A pé-quente Sidney Prescott (Neve Campbell) vive afastada de tudo e de todos e ganha a vida como atendente anônima de um serviço telefônico de ajuda a mulheres. Algo de alguém pode ser orgulhar no final do dia. Bom, é óbvio que o assassino descobre onde ela está e sai matando todos os integrantes da continuação do filme sobre a sua vida que se chama Stab. Assim Sidney tem de aparecer para acabar com a matança.
A jornalista Gale Weathers (Courtney Cox Arquette) e o dublê de detetive Dewey Riley (David Arquette), que são casados na vida real, retornam nos seus papéis de sempre. Aliás Wes Craven tenta de novo o truque de inserir um filme dentro de outro filme. O resultado é desigual até por que Craven às vezes parece mais preocupado com explosões para garantir a bilheteria do que em encerrar a série dignamente.
As referências ao cinema continuam em Pânico 3. Agora na terceira parte a idéia é não existem regras a serem seguidas e tudo pode acontecer (o que não é verdade e o filme é até previsível) . Desta maneira Pânico 3 é a mesma farofa de sempre contada com um pouco mais de estilo. Quer dizer um é bom, dois é caça-níquel e três é demais. Uma curiosidade, Carrie Fischer, a Princesa Lea, faz uma participação especial no filme.
(Scream 3, EUA, 1999), Direção: Wes Craven, Elenco: David Arquette, Neve Campbell e Courtney Cox Arquette, Duração: 116 min.
