Rota Mortal

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Não há dúvida de que filmes de terror, via de regra, costumam ser um insulto à inteligência do espectador. Porém, Rota Mortal se supera. É um vitupério, um insulto, um doesto, uma injúria a qualquer pessoa. Raras vezes se viu tanta incompetência ao narrar a simples história de um psicopata.

A trama começa quando Nicole Carrow (Jaimie Alexander) decide fugir de casa. Ela foge de carro com seu namorado Jess Hilts (Joey Mendicino). O objetivo do casal é chegar até a glamourosa e efervescente Hollywood. Porém, acabam se perdendo no meio do caminho.

Na estrada, Jess quase bate em um caminhão. O misterioso motorista foge sem dar explicações, mas passa a seguir os namorados em que eles percebam. Nicole, depois de um tempo, pede para ir ao banheiro. Como não quer fazer suas necessidades no mato, eles decidem parar em um posto abandonado.

A moça encara um banheiro infecto. Enquanto ela medita sobre os fatos da vida, nota mensagens estranhas rabiscadas na porta. Todas fazem menção a um assassino implacável que vem cometendo crimes há muito tempo. Decididamente, alguma coisa está cheirando mal...

Nicole sai para a rua e tem uma supresa. Seu namorado, bem como o carro, sumiram. Exatamente neste ponto, Rota Mortal começa a chafurdar na lama da indigência mental. Leva pouco tempo para Nicole perceber que sua vida está em risco. Então, ela invade um escritório policial nas proximidades e tenta mandar um mensagem pelo rádio.

Porém, para sua sorte, descobre uma garrafa de Whisky. O que a heroína faz? Decide encher a cara! Tem um psicopata tentando te matar? Fique bêbado! Como é ninguém tinha pensado nisso antes!

O filme se resume sempre ao mesmo cenário, pois, acredite quem quiser, Nicole se recusa a andar a pé. Ela simplesmente fica sempre correndo de um lado para o outro do posto abandonado. Para piorar, o assassino aparece com sua caminhonete dá umas buzinadas e desaparece novamente.

A coisa fica ainda absurda com o surgimente de uma bizarra família que vive dentro de um trailer. Simplesmente, não há qualquer função para eles na trama. É pura perda de tempo. Também há espaço para o fantasma (?) de uma mulher morta em 1971, Tracy Kress. Pior ainda, no terço final do filme surge um policial do além (sem trocadilho), que termina morto de maneira ridícula. Vale notar também que quem morre some sem maiores explicações.

Mesmo com todas essas claras e objetivas manifestações de incompetência cinematográfica, Rota Mortal oferece ainda alguns momentos mágicos nos extras do DVD. Existem nada menos do que cinco (?!) finais alternativos. Isto é uma prova de que o diretor e roteirista John Shiban não sabia o que estavam fazendo.

Curiosamente, todos os finais são melhores do que o utilizado no filme, o que reforça a falta de talento do estreante John Shiban. Também nos extras, fica claro que ele não sabia como dirigir a história e passou o tempo inteiro pedindo dicas aos atores (o que nunca é um bom negócio). Rota Mortal só deve agradar aos amantes do gênero "quanto pior melhor".

J. Tavares

(Rest Stop, EUA, 2006), Direção e roteiro: John Shiban, Elenco: Jaimie Alexander, Joey Mendicino, Deanna Russo, Diane Salinger, Michael Childers, Curtis Taylor, Joseph Lawrence, Gary Entin, Edmund Entin, Jennifer Cormack, Mikey Post, Duração: 92 min.

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