Romeu Tem Que Morrer

romeu1.jpg (8349 bytes)

Realmente já se usou o nome de Shakespeare impunemente para muitas coisas, mas para um filme de caratê até que é novidade. Apesar disso, fica claro que Romeu Tem Que Morrer de clássico não tem nada. O ator principal, Jet Li, participou das coreografias de luta vistas em Matrix. Claro que resolveu fazer um filme em cima desse currículo (nada recomendável, por sinal).

Em Romeu Tem Que Morrer duas famílias lutam para ter o controle de uma zona portuária. Descendentes de chineses e negros se odiam, mas tentam manter uma paz aparente. De repente, o filho do líder asiático, Po Sing (John Lee), é assassinado. Isto provoca um clima desagradável que pode provocar um banho de sangue. Em Honk Kong o irmão mais velho Han Sing (Jet Li) fica sabendo da notícia (globalização é isso aí) e parte para os Estados Unidos em busca de vingança.

O interessante é que até a formação da trama ninguém fica sabendo quem é o Jet Li. Afinal, todos os chineses se parecem. O mocinho que estava na preso, foge tranqüilamente pela porta da prisão sem ser incomodado pelos guardas, o que só confirma a teoria sobre os seguidores de Mao-Tsé Tung.

Dai para frente o filme segue a mesma rotina de sempre de tiroteios pancadarias e explosões. Shakespeare que é bom nada. Com certeza o roterista sequer tinha idéia de quem estava plagiando.

Para que o espectador não durma Romeu Tem Que Morrer recheia toda e qualquer cena com música rap. O que, é claro, só complica as coisas. Honestamente Jet Li parece mais nome de eletrodoméstico do que lutador. Se continuar desse jeito vai acabar como dublê do Van Damme.

J. Tavares

(Romeo Must Die, EUA, 2000), Direção: Andrzej Bartkowiak, Elenco: Jet Li, Aaliyah, Isaiah Washington, Russell Wong, Delroy Lindo, D.B. Woodside, Jon Lee, Anthony Anderson, Duração: 115 min

 Voltar