Rocketman
Elton John por muito tempo seguiu a passos largos por aquela estrada de tijolos amarelos, o caminho típico do rockstar: autodestruição, suicídio e morte. Não necessariamente nessa ordem. Como ele parou de beber e falhou no seu suicídio. Está vivo até hoje, ninguém sabe o por quê. Diga-se de passagem, suicídio comercial não conta.
Na primeira cena do filme, passada numa sessão dos alcoólatras anônimos, Elton John confessa: ser alcoólatra, viciado em cocaína, em sexo e ser bulímico também.
Agora esqueça tudo isso, pois não vai ser isso que você vai assistir em Rocketman. Para terem uma ideia “Elton John” só faz sexo uma vez o filme inteiro. Não que alguém queira ver isso... Mas se dizer viciado em sexo? Apenas para os padrões britânicos, talvez.
Diga-se de passagem, a narrativa toma muitas liberdades, totalmente inconclusivas, para tornar o personagem “Elton John” mais carismático ou acessível.
Mas é bom lembrar que Elton John era uma espécie de Carmen Miranda do rock!? OK, vamos dar um tempo para os milênios procurar no google para saber quem foi Carmen Miranda. Aproveitem e procurem por Elton John também. Pois esse filme não é o suficiente.
Se você queria ver pênis e bundas espere por uma série ou filme feito pela Netflix ou HBO. Pelo filme se conclui que Elton John não era promiscuo como Freddie Mericury. O que explica muita coisa. E com advento da AIDS tirou o dele da reta.
Seu vício em cocaína, segundo o filme era no mínimo blasé. Que é talvez a palavra mais gay da língua portuguesa. E como tudo neste filme está bem longe da verdade.
(Rocketman, ING, 2019) Direção: Dexter Fletcher. Elenco: Taron Egerton, Bryce Dallas Howard, Richard Madden, Jamie Bell, Gemma Jones, Charlie Rowe, Jason Pennycooke, Jimmy Vee, Kamil Lemieszewski, Kit Connor, Rachel Muldoon. Duração: 121 min.
