Requiem Para Um Sonho
Filmes sobre drogas são, em sua grande maioria, uma droga. Requiem Para Um Sonho tenta provar pela enésima vez que o vício é uma viagem sem volta. O diretor Darren Aronofsky pega pesado para provar o óbvio. Todos os personagens caminham para o abismo em passos largos. São perdedores sem o menor vestígio de auto-estima. Com um time desses é fácil saber onde tudo vai terminar.
Sara Goldfarb (Ellen Burstyn) vive preocupada com seu filho Harry (Jared Leto). Ele não quer saber de trabalhar e preferer ficar o tempo inteiro consumindo o maior número possível de susbtâncias ilícitas. Entre um entorpecente e o outro decide ficar rico. Com a ajuda da namorada rica Marion (Jennifer Connelly) e de seu amigo junkie Tyrone (Marlon Wayans) resolve se transformar em um traficante de sucesso. Uma idéia descabida dessas só pode sair da cabeça de quem usa heroína de uma em uma hora.
O problema é que Sara é convidada a participar de um programa de televisão. Para caber no seu melhor vestido ela precisa fazer um regime urgente. Ao invés de cortar calorias decide testar algumas pílulas milagrosas. O resultado? Ela também se transforma em uma viciada. Começa a trocar o dia pela noite e trincar os dentes sem parar. Assim todos os personagens começam uma derrocada apocalíptica e sem retorno.
Requiem Para Um Sonho é um filme sem esperança e sem futuro. Aliás, é tão barra pesada que deveria ser exibido para pessoas que dão depoimentos sobre drogas na novela O Clone. Aí sim, eles saberiam o que é perder tudo. Curiosamente Ellen Burstyn, que tem uma boa atuação, perdeu o Oscar para Julia Roberts. Dá para imaginar se depois disso ele não começou a consumir algumas pílulas suspeitas...
(Requiem For a Dream, EUA, 2000), Direção: Darren Aronofsky, Elenco: Ellen Burstyn, Jared Leto, Jennifer Connelly, Marlon Wayans, Christopher McDonald, Louise Lasser, Keith David, Sean Gullette, Bill Buell, Ben Shenkman, Duração: 102 min.
