Um Homem de Família
Jean-Claude Van Damme não desiste. Sua carreira afunda cada vez mais e ele passou de promessa a problema social em Hollywood. Mesmo assim não se pode negar que o nanico lutador tem muito de brasileiro. Para promover o filme Replicante o ator belga veio ao país e participou de um sem número de programas de auditório. Em um deles foi intimado a dançar com uma veterana popuzuda. O resultado? Van Damme ficou com a barraca em pé, o que talvez tenha sido uma tentativa de mostrar o seu talento.
Replicante é uma história policial sem qualquer interesse. Jean-Claude Van Damme interpreta dois papéis. Primeiro, ele é um assassino serial chamado A Tocha, porque queima as suas vítimas depois de matá-las. Até aí nada de novo. Só que o FBI cansado de contar os corpos resolve ao invés de seguir pistas e interrogar suspeitos resolve mandar a investigação policial e apostar em um sistema maluco. Para o pessoal da inteligência americana é mais fácil criar um clone do vilão (Van Damme de novo) para ajudar na captura do criminoso.
Para comandar e controlar o clone um policial turrão Jake Riley (Michael Rooker) é escalado. Aliás, Jake é o verdadeiro herói do filme (o que pode ser considerada uma decisão inteligente do roteiro), já que a cópia do assassino é completamente retardada. Diga-se de passagem Van Damme passa a maior parte do tempo sendo tratado como saco de pancadas (o que também pode ser considerada uma decisão inteligente do roteiro).
Curiosamente, o diretor Ringo Lam consegue imprimir algum ritmo em uma história capenga. Lam é uma espécie de John Woo que não deu certo, o que talvez seja culpa das más companhias. O Replicante é um filme recomendado para popozudas em fim de carreira. Quem sabe o Jean-Claude Van Damme não volta ao Brasil para pedir a moça (?) em casamento.
(Replicant, EUA, 2001) Direção:Ringo Lam, Elenco: Jean-Claude Van Damme, Michael Rooker, Catherine Dent, Ian Robison, Brandon James Olson, Pam Hyatt, Duração: 101 min.