Rede de Corrupção

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Eis um algo que transcende por completo o conceito de ruindade. Rede de Corrupção é um daqueles filmes em que existe uma clássica cena em um clássico bar de striptease. O resultado final é tão deprimente que nem mesmo para trash movie, o trabalho estrelado pelo canastrão Steven Seagal serve. Por outro lado, não se pode negar o incrível esforço de juntar tantas pessoas incompetentes ao mesmo tempo.

Orin Boyd (Steven Seagal) é um policial que vive acima da lei, sempre tomando as decisões que acha melhor. Claro que mais cedo ou mais tarde seus chefes resolvem puni-lo. Por isso Orin acaba sendo transferido para uma delegacia decadente comandada pela chefona Annette Mulchahy (Jill Hennesy). No meio da confusão um carregamento de 50 quilos de heroína é roubado. Os suspeitos são policiais do próprio departamento que estão a fim de faturar 5 milhões de dólares.

O traficante Latrell Walker (o rapper DMX, que tem nome de bicicleta) está interessado em participar da operação. Para isso conta com a ajuda do seu desastrado parceiro George (Isaiah Washington). Não precisa ser ministro da fazenda para perceber que os caminhos de Orin e Latrell vão se cruzar. Antes disso, é claro, Steven Seagal distribui sopapos a torto e a direito, agora com a ajuda de fios invisíveis como manda a escola do filme The Matrix.

Com um roteiro tão capenga desses é fácil presumir que os mocinhos vencem no final. Provavelmente a cena onde todo mundo vai para o bar de striptease se divertir depois de derrotar o mal deve ter sido editada. O curioso é que o filme conseguiu um sucesso razoável nos Estados Unidos. Depois o FBI e CIA não sabem o que irritou Osama Bin Laden. É possível imaginar se os terroristas não assistem a filmes como Rede de Corrupção só para terem vontade de cometer suicídio em nome de Alá.

J. Tavares

(Exit Wounds, EUA, 2001), Direção: Andrzej Bartkowiak, Elenco: Steven Seagal, Dmx, Isaiah Washington, Michael Jai White, Anthony Anderson, Jill Anderson, David Vadim, Tom Arnold, Duração 100 min.

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