O Quarto do Pânico

De tempos em tempos Hollywood se supera. Produz uma bobagem tão gigantesca que é difícil não se perguntar como é que eles conseguiram tal proeza. O Quarto do Pânico é realmente de uma imbecilidade inacreditável, mas, verdade seja dita o superestimado diretor David Fincher não filmou uma estultice comum. É preciso muito trabalho e esforço para produzir algo tão absurdo.

Meg Altman (Jodie Foster) é uma mulher recém-divorciada. Seu passatempo preferido é extorquir todo dinheiro possível de seu ex-marido. Logo, ela e sua filha Sarah (Kristen Stewart) se mudam para uma imponente casa em Nova Iorque. O lugar é tão grande que possui até mesmo um quarto do pânico. Um local protegido por portas de aço indevassáveis, que impede a entrada de invasores indesejáveis. Além disso ainda existem monitores de vídeo que cobrem cada centímetro da casa e um telefone para ligar para a polícia em casos de emergência.

Isto certamente não recomenda a vizinhança, mas mesmo assim Meg resolve ficar com a casa. Nem precisa muito para os amigos do alheio visitarem a casa. Burnham (Forest Whitaker), Raoul (Dwight Yoakam) e Junior (Jared Leto) são três criminosos que invadem o local. Meg e Sarah, por sorte, conseguem se trancar no quarto do pânico. A partir daí o que era para ser um jogo de gato e rato se transforma em um dos filmes mais ridículos do ano.

Repare como os três ladrões conseguem fazer barulho suficiente para acordar a cidade inteira. Há paredes furadas, tiros, explosões, gritarias e tudo continua normal no bairro. Deve ser o lugar preferido dos surdos para morar em Nova Iorque. A polícia, como sói acontecer, só vai aparecer lá pelo final do filme. Não é à toa que a heroína Jodie Foster triunfa... com bandidos como esses até eu.

J. Tavares

(Panic Room, EUA, 2001), Direção: David Fincher, Elenco: Jodie Foster, Forest Whitaker, Dwight Yoakam, Jared Leto, Kristen Stewart, Duração: 108 min.

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