A Perseguição

O filme bem que poderia se chamar A Perseguida em homenagem ao, digamos assim, parque de diversões da modelo, atriz e manequim, Claudia Schiffer. Todo mundo quer tirar uma casquinha da encorpada loira burra. Só que A Perseguição falha justamente neste sentido. Mostra pouco do que realmente interessa, ou seja, a beleza de Claudia Schiffer.

A atriz escapa miraculosamente da nudez. As cenas de sexo simulado podem passar com facilidade no horário da novela das seis. Nada que impressione nem mesmo um aluno do jardim de infância. O diretor Peter Pistor é de incompetência cavalar. Não sabe conduzir uma história, não sabe dirigir atores e não sabe pelar a Claudia Schiffer. Assim fica muito difícil.

A trama de A Perseguição é mais um pastiche dos filmes policiais. Um advogado, Enrique Alvarez (Daniel Baldwin), é acusado da morte de seu pai. O problema é que ele acaba tendo um caso com a esposa do velho, representada pela carismática Claudia Schiffer. Enrique vai para a cadeia e descobre que o carcereiro é ninguém menos do que o Coolio! Quer dizer a fuga já está garantida.

Depois de um sem-número de perseguições bisonhas, de cenas de ação constragedoras o filme afunda de vez com um desfecho previsível e banal. Um verdadeiro exemplo de como não se faz um filme policial. Claudia Schiffer às vezes pela sua escolha de trabalhos parece querer roubar de Sharon Stone o papel de vagabunda nº1 da América. O problema é que ela ainda, literalmente, não mostrou a que veio.

J. Tavares

(In Pursuit, EUA, 2000), Direção: Peter Pistor, Elenco: Daniel Baldwin, Claudia Schiffer, Jeff Henry, Ruben Pla, Sarah Lassez, Dean Stockwell, Duração: 97 min.

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