Brincando com a Morte
O que temos aqui é um desses filmes de baixo orçamento e segunda categoria, que conseguem juntar astros em ascensão num projeto medíocre e pouco promissor. David Duchovny( do Arquivo X ) é Eugene Sands um médico viciado em heroina sintética e outros remedinhos, que perdeu a licença para praticar medicina e está desempregado. Mas sabe-se lá como, ainda tem dinheiro para sustentar o seu vício. Uma bela noite, após comprar o pico do dia, ele fica de bobeira num bar quando alguém é baleado ao seu lado. Nesse instante Sands tem uma recaída médica e resolve salvar essa pessoa. O que há de errado nessa cena? Bem nenhum viciado depois de comprar drogas fica matando tempo num bar... Mas deixa para lá.
Voltando à história. Sands recebe, algum tempo depois, a visita dos capangas de um tal Raymond Blossom(Timothy Hutton), um contrabandista que quer recompensá-lo, por ter salvo a vida de um de seus homens( o cara no bar). Blossom resolve então fazer de Sands seu médico particular para assuntos de perfurações de balísticas. Como Sands é um loser total, a idéia, a princípio, não parece ser tão má. Afinal o trabalho tem lá suas recompensas, além do dinheiro fácil, ele pode ficar de olho em Claire(Angelina Jolie), a namorada gostosona de Blossom. Como era de se esperar os dois se apaixonam, mas como no Arquivo X, Duchovny não pratica o esporte bretão.
Então o FBI aparece na jogada e tenta fazer Sands entregar Blossom. É gozado notar que em determinado momento do filme, aparentemente, todo mundo está trabalhando para o FBI, inclusive o vilão da história. E que mesmo assim, demonstrando a natural incompetência de sempre, a fina flor da inteligência americana não consegue prender ninguém.
(Playing God, EUA, 1997) Direção: Andy Wilson. Elenco: David Duchovny, Timothy Hutton, Angelina Jolie. 94 min.