Corações Apaixonados

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Se você conhece um pouco de cinema já percebeu que Robert Altman faz sempre o mesmo tempo de filme. Ou seja, um monte de personagens se encontram em um determinado local e mais cedo ou mais tarde as suas histórias acabam se cruzando. O problema é que nem sempre Altman acerta nessa receita. Aliás, pensando bem, raramente ele acerta.

Enfim, o grande problema de Corações Apaixonados é que se o original não é aquelas coisas, o que dirá a cópia. O filme narra a história de um grupo de pessoas diferentes gerações, de diferentes estilos, mas que procurar se relacionar e encontrar o grande amor das suas vidas. Aos poucos suas histórias vão se cruzando até o final onde todos os personagens vão se encontrar.

No fim das contas, o filme não cumpre o que promete. Não é de maneira alguma uma comédia romântica, fica mais para um dramalhão ao estilo mexicano. O filme, no Brasil, foi vendido dando-se destaque para a participação de Gillian Anderson, que estava no auge do sucesso com a patética série de TV, Arquivo X. Gillian repete o mesmo papel de Scully com aquela cara de sonsa de quem acabou de ver um E.T. Só que, para uma comédia romântica, isso não faz o menor sentido.

Se alguém se diverte no filme é a oscarizada Angelina Jolie que faz o papel de Joan, uma garota metida a "muderna" que se apaixona por um rapaz aidético, Keenan (Ryan Phillippe). Angeline e Ryan têm o mais bisonho diálogo da década de 90. Depois de saber que o namorado é portador do vírus, ambos concordam em ficar juntos sem fazer sexo, porque poderiam se contaminar. Quer dizer borracha para eles serve apenas para apagar caderno de estudante de faculdade. Esses anos 90, esses anos 90...

J.Tavares

Corações Apaixonados (Playing by Heart, EUA, 1998) Direção e Roteiro: Willard Carroll. Elenco: Gillian Anderson, Ellen Burstyn, Sean Connery, Anthony Edwards, Angelina Jolie, Jay Mohr, Ryan Phillippe, Dennis Quaid, Gena Rowlands, Jon Stewart, Madeleine Stowe. 121 min.

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