Piratas do Caribe

Somente a falta total de idéias em Hollywood levou a adaptação de uma seção do parque temático da Disney para o cinema. É realmente o fim da várzea em matéria de falta de imaginação. O mais incrível é que contrariando toda a lógica, Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra se tornou um imenso sucesso de bilheteria.

Talvez o motivo do sucesso seja a inacreditável atuação de Johnny Depp. Seu bamboleante pirata Jack Sparrow carrega o filme nas costas. Aliás. nunca se viu um flibusteiro tão afetado nas telas do cinema. O roteiro debochado da dupla Ted Elliott e Terry Rossio, do sucesso Shrek, também ajuda a tornar a coisa mais suportável.

A trama começa quando o pirata Jack Sparrow (Johnny Depp) é destronado do posto de capitão do navio pirata Pérola Negra. Ele é deixado para morrer numa ilha deserta pelo malvado Barbossa (Geoffrey Rush). Depois de escapar, ele chega Port Royal - uma base britânica no Caribe.

Em pouco tempo se mete em uma confusão e precisa fugir dos soldados ingleses a mando do governador Swann (Jonathan Pryce). Além disso, acaba se envolvendo com pela bela filha do governador, Elizabeth (Keira Knightly) e com o ferreiro Will Turner (Orlando Bloom).

As cenas impossíveis se sucedem. Todo o elenco parece não levar nada muito a sério, principalmente Johnny Depp. A coisa desanda para o ridículo de vez quando o arquiinimigo Barbossa ressurge comandando uma tripulação de piratas mortos-vivos! Sim, existe uma obscura maldição que tornou zumbis todos os piratas do Pérola Negra.

Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra é para ser assistido com o cérebro em ponto morto. O filme é longo demais (143 minutos) e tem momentos irregulares. O pior é se a moda pegar. Possivelmente vão querer escrever um roteiro sobre as aventuras de uma montanha russa.

J. Tavares

(Pirates of the Caribbean - The Curse of the Black Pearl, EUA, 2003), Direção: Gore Verbinski, Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom, Jonathan Pryce, Keira Knightley, Jack Davenport, Duração: 143 min.

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