Pecker – Preço da Fama

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O diretor John Waters nos anos 70 notabilizou-se como um dos principais representantes do cinema trash, aquele do quanto pior melhor. Seus filmes eram divertidos, escatológicos e praticamente inacessíveis. Bem, isso foi há muito tempo atrás. Hoje em dia, Waters anda fazendo filmes em Hollywood, com atores famosos e distribuição por um grande estúdio. Aquela história de quanto pior melhor agora é coisa do passado. Seus filmes continuam sendo ruins, só que agora não têm mais a menor graça. Parece que o diretor não tem mais nada a dizer. Na verdade nunca teve, mas pelo menos fazia isso de uma maneira divertida e despretensiosa.

Pecker é de longe o pior filme de sua fase Hollywood, que começou com Hairspray(88), teve seqüência com Cry Baby(90) e parecia ter terminado com Serial Mom(94).

O filme narra a história de Pecker(Edward Furlong), um fotografo amador de Baltimore, que usa como assunto de suas fotos todos freaks e losers da cidade. Um dia ele é descoberto por uma dona de galeria de artes de Nova York, vivida por Lili Taylor, que resolve fazer uma exposição das fotos de Pecker. Ele acaba se transformando na nova sensação artística da cidade.

Mas sua fama repentina irá mudar o comportamento de todos a sua volta, principalmente dos espectadores que não deveriam ter nada com isso.

Chato e sem graça o filme tenta ser uma sátira ao mundo das artes. Mas só consegue ser um desperdício de tempo e indicativo inexorável do fim da carreira de Waters.

Saulo Gomes

(Pecker, EUA, 1998) Direção: John Waters. Elenco: Edward Furlong, Christina Ricci, Lili Taylor, Mary Kay Place, Martha Plimpton. 90 min.

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