Um Lugar Chamado Notting Hill

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Hollywood decididamente sabe fazer uma comédia romântica. É o mesmo roteiro manjado de sempre, ou seja: mocinha conhece mocinho, mocinho e mocinha brigam, mocinho e mocinha fazem as pazes na última cena. Só que esse não é o caso de Um Lugar Chamado Notting Hill. Nitidamente a falta de assunto e de bons diálogos desperdiçam o sorriso da Julia Roberts, de resto a melhor coisa do filme.

A idéia de Notting Hill é que uma atriz famosa vivida por Julia Roberts acabe se apaixonando por um tímido e recatado inglês dono de uma pequana livraria. Difícil de acreditar, não é? Tudo bem. Ninguém disse que comédias românticas eram recheadas de lógica.

O problema é que para segurar o romance e garantir os 90 minutos necessários para se fazer um filme Um Lugar Chamado Notting Hill apela para uma perseguição da mídia ao seu novo amor. A imprensa sensacionalista vira o grande vilão da história. Como nem o diretor Roger Michell e o roteirista Richard Curtis sabiam o que fazer com a imprensa, de uma hora para outra eles terminam o filme e quem não gostou que se queixe ao sindicato dos jornalistas.

Apesar de contar com um elenco razoável de coadjuvantes (o companheiro de Hugh Grant, Spike, chega até a ser engraçado em algumas cenas) Notting Hill não escapa da vala comum das comédias românticas. Depois de ter feito festa a semana inteira, assista junto com a sua namorada para limpar a sua barra e provar que você é um cara legal. Curiosidade: o roteirista do filme, Richard Curtis, é o mesmo que escreveu Quatro Casamentos e Um Funeral outra comédia romântica de sucesso.

J. Tavares

Um Lugar Chamado Notting Hill (Inglaterra, 1999), Direção de Roger Michell, Elenco: Hugh Grant, Julia Roberts e Rhys Ifans, Duração: 124 min.

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