Uma Mente Brilhante
Se existe alguém como uma mente brilhante é Ron Howard. Ele fez de tudo para ganhar um Oscar e ganhou. Não é um profissional competente, muito pelo contrário. Na sua filmografia existem coisas discutíveis como Splash, uma sereia em minha vida. Mesmo assim acabou levando a estatueta da Academia para casa derrotando filmes bem mais interessantes. Porém, o que importa é a bicho no bolso e taça no armário como dizem os dirigentes de futebol.
Uma Mente Brilhante conta a história de John Forbes Nash (Russell Crowe). Um matemático americano que criou uma complexa teoria (explicada no filme em apenas 30 segundos) que lhe deu o prêmio Nobel. Nash como todo economista é louco, mas louco de atar em poste. Um verdadeiro maluco. O tipo de gente no qual não vale a pena deixar o destino de um país nas mãos. Enfim, Nash de tanto fazer conta acaba se transformando em um esquizofrênico com mania de perseguição.Tanto que se sente ameaçado por um suposto agente do governo (Ed Harris), fruto de sua imaginação.
Apesar disso, o gênio matemático se transforma em professor. Tudo para faturar aluninhas inocentes Umas delas é Alicia (Jennifer Connelly) que acaba se transformando em sua mulher. Aliás, Jennifer Connelly está totalmente anoréxica no filme. Menos dois quilos e poderia fazer o papel de Olívia Palito sem maquiagem. Aliás, uma das licenças que o filme realiza é ignorar o fato de John Nash ser homossexual, o que obviamente não foi muito bem aceito pela sua esposa.
Não há dúvidas de que Uma Mente Brilhante não mereceu nem a metade dos Oscar que recebeu. É um daqueles filmes certinhos, que não tem perigo de assustar ninguém. Típico produto para enganar críticos mais afoitos. A moral da história é que matemáticos são gente muito estranha e o melhor a fazer é manter uma distância satisfatória.
(A Beautiful Mind, EUA, 2002), Direção: Ron Howard, Elenco: Russell Crowe, Ed Harris, Jennifer Connelly, Paul Bettany, Adam Goldberg, Judd Hirsch, Josh Lucas, Anthony Rapp, Christopher Plummer, Vivien Cardone, Duração: 135 min.