Linhas Cruzadas

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Certa vez um renomado centro de pesquisas americano concluiu que uma mulher normal fala por dia a impressionante média de 33 mil palavras. O homem utiliza apenas 14 mil. O instituto não fez nenhuma averiguação nesse sentido, mas é bem provavel que uns 70% desse imenso palavreado feminino seja gasto em conversas telefônicas. E esta parece ser a moral de Linhas Cruzadas.

Antes de mais nada é preciso dizer que o filme é um horror. Chato como um disco do Carlinhos Brown. Linhas Cruzadas não é uma comédia como possa parecer à primeira vista. É na verdade um dramalhão de fazer corar novela mexicana. O filme narra a história de três irmãs Georgia (Diane Keaton), Eve (Meg Ryan) e Maddy (Lisa Kudrow). Elas passam o tempo inteiro ligando uma para as outras enquanto o seu pai Lou(Walter Matthau, em seu último papel) caminha para a terra dos pés juntos. Aliás, Lou deve ter morrido de desgosto, de tédio, de desespero com tanto falatório inútil...

Diga-se de passagem, Walter Matthau está realmente nas últimas. A impressão que se tem é que depois da filmagem ele continuou direto no hospital. Sua interpretação, portanto, é coerente. O mesmo não pode ser dito de Meg Ryan, Diane Keaton, Lisa Kudrow. De Meg Ryan e Lisa Kudrow (do seriado Friends) não se podia esperar muita coisa mesmo. Mas Diane Keaton (que também dirige o filme) está careteira e irreconhecível.

No fim das contas se você é mulher e acha que o telefone celular foi a maior invenção do século 20, Linhas Cruzadas é com certeza o seu filme. Claro que se você é homem é melhor retirar qualquer outra coisa na locadora. Afinal uma hora e meia de diálogos inúteis e sem sentido você tem de graça todo o dia em casa.

J. Tavares

(Hanging Up, EUA, 2000), Direção: Diane Keaton, Elenco: Meg Ryan, Diane Keaton, Lisa Kudrow, Walter Matthau, Adam Arkin, Duração: 92 min.

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