HellBoy

A corrida para adaptar qualquer personagem de quadrinhos para o cinema gerou coisas estranhas vomo HellBoy. O anti-herói chifrudo criado pelo desenhista Mike Mignola faz um sucesso apenas razoável nos Estados Unidos. Mesmo assim, ganhou uma chance na tela grande.

O resultado final foi um filme bem fiel as HQs. Ou seja, quem é fã de HellBoy pode assistir sem medo. Já o resto na humanidade pode passar batido. O personagem principal é um demônio trazido à Terra em uma experiência nazista. Sério. No começo do filme (baseado na história Seed of Destruction), o exército de Hitler - liderado pelo monge russo imortal Rasputin (Karel Roden) - abre um portal para uma dimensão desconhecida.

No local, estão aprisionados os deuses do Caos. O experimento fracassa devido à intervenção de soldados americanos. Porém, no meio da confusão, um pequeno monstro consegue passar pelo portal. Surge então um inofensivo e pequeno demônio vermelho. Acredite quem quiser, ele é criado como se fosse um filho pelo especialista em paranormalidade, o professor Bruttenholm (John Hurt).

O professor acaba fundando a agência clandestina - B.P.R.D. (Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal). Seu principal funcionário é justamente Hellboy (Ron Perlman), que, apesar de ser demônio, decide lutar do lado do bem. Seus companheiros de aventura são o telepata "Mer-Man" Abe Sapien (Doug Jones) e Liz Sherman (Selma Blair), que tem poderes pirocinéticos.

Verdade seja dita, o diretor Guillermo del Toro se esmerou ao máximo para manter a identidade de HellBoy. Porém, é como gastar a energia de uma usina nuclear para acender um palito de fósforo. O resultado é um filme feito para os fãs do personagem e apenas isso.

J. Tavares

(HellBoy, EUA, 2004), Direção: Guillermo del Toro, Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, Jeffrey Tambor, Karel Roden, Rupert Evans, John Hurt, Corey Johnson, Doug Jones, Brian Caspe, James Babson, Biddy Hodson, Jim Howick, David Hyde Pierce, Todd Kramer, Angus MacInnes, Duração: 132 min.

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