A Guerra de Hart
Honestamente: ninguém agüenta mais filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. Será que ainda existe alguma história relevante sobre campos de concentração, nazistas, ou heroísmo americano que ainda precise ser contada na tela grande? O melhor a fazer é seguir em frente ou fazer como o presidente George W. Bush, que resolveu criar novas guerras para Hollywood filmar.
Tommy Hart (Colin Farrell) é um estudante de direito que se alista no exército para lutar a favor dos Aliados na II Guerra Mundial. Ele é um filhinho de papai que fica longe do front, só trabalhando com burocracia. No entanto, ele acaba caindo por acaso em uma emboscada e é preso pelos alemães. Hart então é torturado e levado a um campo de concentração. Lá é recebido pelo líder local, o coronel William McNamara (Bruce Willis).
Os soldados presos matam o tempo jogando cartas e esperando pela chegada da cavalaria. Porém com a chegada de dois aviadores negros no campo as coisas se complicam. O racismo toma conta do lugar e um crime acontece. Por incrível que pareça o chefão nazista Col. Werner Visser (Marcel Iures) aceita que os americanos façam uma corte marcial para punir o responsável.
A Guerra de Hart se transforma de maneira surpreendente em um filme de julgamento. O pobre Hart é escolhido como advogado de defesa e acaba contando com a inesperada ajuda do oficial alemão. No fim das contas há uma reviravolta para provar como eram honrados os soldados americanos. E uma verdadeira overdose de dignidade com todo mundo lutando para ser o mais ético da turma. Enfim, quem precisa de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial?
(Hart's War, EUA, 2002), Direção: Gregory Hoblit, Elenco: Bruce Willis, Colin Farrell, Terrence Howard, Cole Hauser, Marcel Iures, Linus Roache, Vicellous Shannon, Duração: 125 min.