Intrigas

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Quem lê algo como a Revista Contigo sabe o valor de uma boa fococa. Afinal de contas, o que nos interessa assuntos chatos e maçantes como crise econômica ou apagão. O importante é saber quem a atriz principal da novela das oito está namorando. Portanto, a idéia de Intrigas até poderia sustentar um filme razoável. Poderia. Os rumores de inteligência do filme somem logo nas primeiras cenas. Provavelmente, a qualidade do roteiro era só fofoca.

Um jovem estudante falcatrua Derrick vive aplicando pequenos golpes nas pessoas. Para ele a cada minuto nasce mais um trouxa no mundo. O que provavelmente não está muito longe de ser verdade. Derrick divide o seu apartamento com mais dois colegas. A indecisa Jones (Lena Headey) e o artista plástico do tipo cuecão de couro Travis (Norman Reedus).

Como parte de um trabalho para a cadeira de comunicação eles resolve espalhar uma fofoca pelo campus da universidade. Notem a coerência. Trabalhinho em grupo é típico de professor de comunicação. O boato atinge a meiga Naomi (Kate Hudson), uma espécie de santa do pau oco da faculdade. De repente, a coisa fica fora de controle e o namorado de Naomi, Beau (Joshua Jackson) acaba na cadeia acusado de estupro.

O filme que poderia ser uma crítica interessante a indústria dos papparazzi , rapidamente cai no lugar comum. A trama se transforma em um policial insosso, inodoro e insípido. O final, apesar de todas as voltas da história, é absolutamente previsível. Intrigas é tão fraco que nem mesmo como perda de tempo consegue funcionar. O melhor é ler uma revista de fofoca.

J. Tavares

(Gossip, EUA, 2000), Direção: Davis Guggenheim, Elenco: Kames Marsden, Lena Headey, Norman Reedus, Kate Hudson, Joshua Jackson, Marisa Coughlan. Duração: 91 min..

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