A Filha do General
Esse filme começa mal, e por alguns breves momentos parece que vai tomar jeito. Mera ilusão. No final a coisa toda acaba desandando na maionese de uma maneira lamentável. É um daqueles filmes que quando tenta se explicar consegue ser tão falso e pedante, que depois é difícil acreditar que A Filha do General seja, na verdade, baseado num livro.
John Travolta gordo e canastrão, como só ele sabe ser, é um policial militar que precisa resolver o assassinato da filha de um general linha dura dentro de uma base militar. Ele tem dois dias para resolvê-lo antes que o FBI tome conta do caso. Nesse pouco tempo ele irá descobrir que a tal filha do general era uma luva de maquinista, sabonete de rodoviária que todo mundo metia a mão. O que acaba aumentando consideravelmente a lista de suspeitos. Quando o filme resolve elucidar o porquê da filha do general ser uma vadia, tudo vai por água a baixo. Caindo no terreno superficial das psicobobagens hollywodianas.
A solução final é psicologicamente apócrifa, insatisfatória, boba e infantil. A terapia de choque proposta pelo roteiro é uma das maiores asneiras já vistas.
Para piorar as coisas o filme é feminista: a dupla Travolta e Madeleine Stowe faz um casal do tipo Mulder e Scully do Arquivo X, ou seja, cheio de tensão sexual. Mas sexo que é bom nada...
(The General Daughter, EUA, 1999) Direção: Simon West. Elenco: John Travolta, Madeleine Stowe, James Cromwell, Timothy Huttton, James Woods. 116 min.