Violência Gratuita
A primeira coisa que você precisa saber sobre Violência Gratuita é que se trata de um filme austríaco. Considerando quem eles colocaram como primeiro-ministro dá para perceber que este país tem problemas. Com o cinema não poderia ser diferente.
O diretor Michael Haneke realizou um filme previsível, babaca e soporífero. Porém muito crítico que vai no cinema e acredita que Godzilla é baseado numa história real achou que Violência Gratuita é um dos filmes mais pertubadores dos últimos tempos. Ledo engano. O filme só é violento porque é um verdadeiro pé-no-saco.
Na trama(?), Anna, George e seu filho pequeno saem de férias e alugam para uma bela casa à beira de um pacato e lúdico lago. De repente surge um, rapaz chamado Peter, que se diz estar hospedado com os vizinhos. Claro que ele se releva um psicopata sanguinário e com a ajuda de um amigo passar a infernizar a vida da família.
Aliás, nunca se viu na história do cinema psicopatas tão chatos quanto esses. Eles nem precisariam ameaçar as suas vítimas, elas prefeririam o suicídio a agüentar gente tão murrinha. Lá pelas tantas em Violência Gratuita o espectador se dá conta que só não dormiu no filme porque todo mundo passa o tempo inteiro gritando.
O filme pretende ser uma crítica a banalização da violência. Ora, depois de Sam Peckimpah ninguém precisa ficar perdendo tempo em dinheiro com isso. A violência pode ser gratuita mas a locação não é. Portanto, assista Violência Gratuita se você estiver precisando de um motivo sério para beber. Pensando bem, não assista o filme de qualquer maneira. Afinal se você precisa de um motivo sério para beber, quem tem problemas é você.
Violência Gratuita (Funny Games, Áustria, 1997), Direção e roteiro: Michael Haneke, Elenco: Susanne Lothar, Ulrich Mühe, Frank Giering, Arno Frish.