Era uma Vez no México
Robert Rodríguez é um sujeito especializado em fazer filmes ruins. Chega a ser impressionante o fato de que ele continue dirigindo sem parar. O último desastre de Rodríguez é o encerramento de uma trilogia começada com El Mariachi (1992), obra feita com pouquíssimos recursos que chamou a atenção por sua trama inconcebível e ação frenética.
Bem, o final da saga (existe saga em trash movie?) é decepcionante. A trama é confusa, há um excesso de personagens inúteis e cenas de ação que beiram o ridículo. Talvez por que Robert Rodríguez insiste em fazer de tudo no filme. Ele dirige, edita, escreve o roteiro e, se duvidar, faz a faxina no set.
A trama começa quando o agente Sands (Johnny Depp), da CIA, contrata os serviços de El Mariachi (Antonio Banderas) para evitar um golpe de estado no México. O corrupto general Marquez planeja assassinar o presidente e tomar o poder. Como o Mariachi tem contas a acertar com o general ele decide aceitaar a missão.
Ao mesmo tempo existe uma trama paralela onde um agente aposentado do FBI (Rubén Blades) luta para capturar um perigoso narcotraficante, Barillo (Willem Dafoe). O criminoso, embora não saiba, está sendo traído por seu assecla Billy (Mickey Rourke). E, acredite quem quiser, o traficante tem uma filha policial a carismática Eva Mendes, que, por sua vez, tem um caso com o agente Sands.
A trama é incrivelmente confusa e serve apenas de pretexto para as cenas de ação. O problema é que tudo se limita a um canastão Antonio Banderas disparando tiros para todos os lados. E o mais incrível é que, mesmo sem estar mirando no alvo, ele consegue derrubar centenas de adversários de uma vez só.
Com uma bomba desse calibre, Robert Rodríguez pode estar disposto a encerrar não só uma trilogia como a sua carreira em Hollywood....
(Once Upon a Time in Mexico, EUA/MÉX, 2003), Direção: Robert Rodríguez, Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayeck, Johnny Depp, Rubén Blades, Willem Dafoe, Mickey Rourke, Eva Mendes, Danny Trejo, Duração: 102 min.