Embriagado de Amor

Embriagado de Amor é um porre. Uma comédia romântica tão divertida como fazer a declaração do Imposto de Renda. O diretor e roteirista Paul Thomas Anderson fez um dos filmes mais neuróticos e tediosos dos últimos tempos. Se a idéia era fazer comediante Adam Sandler pagar por ter interpretado coisas como O Rei da Água talvez a coisa toda faça sentido.

Barry Egan (Adam Sandler) é um pequeno empresário em dificuldades financeiras. Como foi criado junto de sete irmãs altamente repressoras, Barry realmente não bate bem. Ele é capaz de comprar dezenas de caixas de pudim para acumular milhagem na promoção de uma companhia aérea. E depois as pessoas não sabem por que vão à falência.

Porém, mesmo sendo louco, chato e neurótico e tendo a cara do Adam Sandler uma mulher resolve se apaixonar por Barry. Só que Lena Leonard (Emily Watson) está indo para o Havaí. E o pobre Barry tem de correr atrás da máquina. Haja estômago para tanto pudim. Para complicar as coisas ainda surge uma quadrilha de chantagistas comandada por Dean Trumbell (Philip S.Hoffman) a fim de atrapalhar os planos de conquista do empresário maluquinho.

A verdade é que Embriagado de Amor provavelmente tem o recorde de cenas histéricas da história do cinema. O filme é repleto de diálogos tão chatos e canhestros quanto o humor Adam Sandler. Aliás, a crítica foi unânime em apontar que o comediante realizou a melhor interpretação da sua vida. Porém, Sandler faz o papel de um chato abobado. Ora, nada é mais fácil do que interpretar a si mesmo. Que dificuldade há nisso?

J. Tavares

(Punch-Drunk Love, EUA, 2002), Direção: Paul Thomas Anderson, Elenco: Adam Sandler, Emily Watson, Philip S.Hoffman, Luis Guzmán, Mary Lynn Rajskub, Lisa Spector, Duração: 89 min..

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