Um Estranho Chamado Elvis

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Os americanos são o povo mais estúpido e crédulo da face da terra. Uma das mais duradouras e patéticas crenças daquele povo abençoado por Deus é que Elvis Presley não morreu. Então tá. Se você encontrar alguém que tenha sobrevivido a 5 mil remedinhos sem prescrição médica, fora uma dieta de hamburgers com geléia de amendoim, terá uma boa chance de ter encontrado Elvis.

Um Estranho Chamado Elvis seria apenas um típico road-movie, com jeito de Festival de Sundance, se não partisse da premissa que Harvey Keitel é Elvis, ou alguém que se diz ser Elvis. Obviamente não é preciso ser americano, nem ter nascido em Memphis para perceber que Harvey Keitel de Elvis não tem nada. Mas o filme quer passar a idéia que qualquer pessoa que cruze o caminho de Harvey Keitel vai acreditar que ele é Elvis. Sem ao menos pestanejar, ou mesmo achar que isso é no mínimo estranho.

O único que vai confrontar o suposto Elvis é um médico decadente(Johnathan Schaech), amargurado pela morte da esposa num acidente de carro, que mesmo sem muita convicção decide levar "Elvis" até Graceland, em Memphis. Nesse meio tempo eles passam por um concurso de imitadores num cassino onde conhecem, Ashey (Bridgeth Fonda) uma imitadora de Marilyn Monroe. Se Harvey Keitel pode ser Elvis, por que Brighet Fonda não pode ser Marilyn?

O final é do tipo me engana que eu gosto. Enfim parafraseando Elvis: "Remember the king and forget this movie". Ou seja: Lembrem-se do rei e esqueçam esse filme.

Saulo Gomes

(Finding Graceland, EUA, 1998) Direção: David Winkler. Elenco: Harvey Keitel, Johnathan Schaech, Bridgeth Fonda, David Stewart. 105 min..

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