Drácula 2000
Em se tratando do mais famoso vampiro do cinema, quem é morto sempre aparece. Drácula 2000 explora mais uma vez o já esgotado tema das pessoas que vivem à noite, bebem sangue, se transformam em morcegos e apanham da Buffty. O fato é que de um filme desses só se podem esperar surpresas desagradáveis. No que, aliás, a produção de Wes Craven é pródiga.
Um dos muitos erros de Dracula 2000 é a falta de peitão. Certo, certo. Muitos dirão que está é uma afirmativa preconceituosa e machista. Nada feito. É apenas uma constatação de um clichê do gênero terror como morte de adolescentes e psicopatas indestrutíveis. O elenco feminino não é exatamente o que poderíamos chamar de fagocitável. Assim o Drácula parece meio desanimado, meio deprê, louco para voltar rápido ao seu sono eterno.
Na trama de Dracula 2000, o vampiro está trancafiado em um caixão de ferro,dentro de um prédio de alta segurança em Londres. Até um grupo de desavisados ladrões resolvem realizar o roubo das suas vidas. Depois destruírem o lugar e não encontrarem nada de valioso, decidem fugir levando o misterioso caixão. Como é que alguém consegue fugir com um caixão debaixo do braço em plena Inglaterra é realmente um mistério.
Claro que a bandidagem vai abrir o caixão e liberar Drácula (Gerard Butler) novamente. É a hora do velho Abraham Van Helsing (Christopher Plummer) entrar em ação outra vez, com o auxílio de um ajudante-mirim Simon (Jonny Lee Miller). Tudo por que o vampiro está de olho na sua filha, a insossa Mary (Justine Waddell). O final do filme quer dar uma nova visão à lenda do personagem. O resultado é uma solução do tipo: me-engana-que-eu gosto. Na dúvida, fique com a Buffy, que é muito mais negócio.
(Wes Craven Presents: Dracula 2000, EUA, 2000), Direção: Patrick Lussier, Elenco: Christopher Plummer, Jonny Lee Miller, Justine Waddell, Gerard Butler, Jennifer Esposito, Sean Patrick Thomas, Colleen Ann Fitzpatrick. Duração: 98 min.
