Doom - A Porta do Inferno

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Filmes baseados em videogames servem apenas para mostrar que a falta de idéias grassa em Hollywood. Doom - A Porta do Inferno é mais um exemplo de como o cinema chegou em seu ponto mais baixo. Assistir a uma bomba desse calibre até o fim serve apenas para testar o coeficiente de macheza do indivíduo.

A trama é tão complexa quanto um sanduíche de mortadela. Uma estação de pesquisas instalada em Marte passa a enfrentar sérios problemas. De uma hora para a outra, todas as experiências são canceladas e a comunicação é interrompida. Após ser instalada uma quarentena no local, apenas um esquadrão de elite tem permissão para entrar.

Acredite quem quiser, acidentalmente, os cientistas da estação abriram uma porta de comunicação com o inferno, liberando seres perigosos e assustadores. Agora, as criaturas estão por todos os cantos do laboratório decididoa a matar cada humano que cruzar seus caminhos.

Então é hora do agente John Grimm (Karl Urban) entrar em ação. Ele é enviado para combater à ameaça. Ele será comandado pelo Sargento (The Rock em uma atuação monolítica). Na estação, vive Samantha (Rosamund Pike), a irmã de Grimm, uma cientista que vai auxiliar o esquadrão a descobrir o que realmente está acontecendo no local.

Obviamente, o trio não está sozinho. Uma tropa de elite tentará limpar o lugar da ameaça infernal. Claro que eles servem apenas para aumentar a contagem de corpos. O diretor Andrzej Bartkowiak chega até mesmo a economizar munição, pois leva quase 30 minutos para a mortandade começar.

O fato é que a falta de história no videogame da Id Software não chega a atrapalhar muito. No fim das contas, o que importa ao jogador é trucidar os zumbis do inferno. Porém, na tela grande, Doom - A Porta do Inferno resulta em um tiroteio vazio e sem graça.

Mesmo a cena mais alardeada da produção: uma seqüência em primeira pessoa, na qual o personagem principal passeia por corredores escuros estourando zumbis a torto e a direito, soa ridícula e patética. Enfim, se a idéia é usar argumentos do mundo games para o cinema, é melhor escolher um jogo que tenha pelo menos um roteiro decente.

J. Tavares

(Aeon Flux, EUA, 2005), Direção: Karyn Kusama, Elenco: Charlize Theron, Marton Csokas, Jonny Lee Miller, Sophie Okonedo, Frances McDormand, Pete Postlethwaite, Amelia Warner, Caroline Chikezie, Nikolai Kinski, Paterson Joseph, Yangzom Brauen, Megan Gay, Rainer Will, Charlie Beall, Duração: 93 min.

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