Dominação

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Atenção! Mesmo que você pense estar enganado Dominação não é uma refilmagem do clássico de terror o Exorcista. É apenas um pastiche, uma piada de mau-gosto sobre o tema. Aliás, cada vez mais aparecem obras querendo copiar o filme dirigido por William Friedkin. A pergunta é por quê? Se o filme original já era pouco interessante, o que dirá de cópias como Dominação.

Maya Larkin (Winona Ryder) é uma jovem mulher que teve sua vida salva pela fé. Um demônio habitava seu corpo. Depois de uma sessão de exorcismo Maya encontra a paz. O religioso que lhe salvou, Padre Lareaux (John Hurt), se tornou seu mentor. Como ela não tinha mais o que fazer nas noites de sexta-feira passa a fazer parte de um grupo que procura a encarnação do diabo que em breve habitará um corpo humano e destravará as portas do apocalipse. Então tá.

Enquanto isso na Sala de Justiça, Peter Kelson (Ben Chaplin) é um escritor de sucesso, que ganha dinheiro penetrando (epa!) na mente de crimonosos insanos. Peter não acredita em deus, no diabo, no sistema de saúde, no windows 2000, no FHC, no apagão, enfim, em niguém. Só que Maya descobre que o filho do demo é o próprio Kelson.

Assim, lá vai a pobre Winona dar tudo de si (epa! epa!) para convencer o atormentado escritor que ele tem de se matar para impedir o apocalipse. Parece algo pouco racional, sem muitas chances de sucesso, mas deus é pai e não é padrasto. O problema é que o diretor Janusz Kaminski (diretor de fotografia da Lista de Schindler e do Resgate do Soldado Ryan) torce descaradamente pelo coisa ruim. Deixa as almas perdidas do título original seguirem seu caminho, afinal se o mundo perdeu a alma, a gente não precisa perder o nosso precioso tempo.

J. Tavares

(Lost Souls, EUA, 2000), Direção: Janusz Kaminski, Elenco: Winona Ryder, Ben Chaplin, John Hurt, Philip Baker Hall, Sarah Wynter, Elias Koteas. Duração: 122 min.

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